quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Polícia investiga ligação de candidato com facção



O candidato a deputado federal Ney Santos (PSC) está sendo investigado sob a suspeita de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas para a facção PCC (Primeiro Comando da Capital). O suspeito, que foi espontaneamente à delegacia ontem, deverá prestar depoimento oficial na semana que vem e nega a acusação.

Segundo a polícia, Claudinei Alves dos Santos, 29 anos, conhecido também como Nei Gordo, ficou preso entre setembro de 2003 e agosto de 2005 por envolvimento em um roubo de malotes com grana de uma transportadora de valores em Marília (435 km de SP). Uma metralhadora 9 mm foi apreendida com ele no momento da prisão.

Ainda de acordo com a polícia, Ney Santos comprou, nos últimos cinco anos, usando um sobrinho e uma prima como "laranjas", ao menos 18 postos de gasolina. Nos locais, vendia combustível adulterado, segundo investigadores.

O suspeito Ney Santos, que se apresentou espontaneamente à polícia ontem, por volta das 11h30, disse que é inocente. "Não passa de perseguição política. Por que não fizeram isso antes e sim agora, a 18 dias da eleição?", perguntou. "O povo sabe da minha idoneidade."

Ele saiu da delegacia às 22h sob aplausos de correligionários. Segundo ele, ligação com o PCC "é conversa fiada". Ele disse que todos os seus bens estão declarados e que nem conhece Piter Santos, o Baia.

O suspeito afirmou que desde 2002 compra e vende postos de gasolina --hoje tem oito. "Essa história de que tenho mais de 30 é mentira." Ele diz que já chegou a ter essa quantidade, mas a vendeu.

A reportagem não localizou os advogados dos outros três acusados. O gabinete do deputado estadual Lelis Trajano (PSC) não se manifestou até a conclusão desta edição.

Um comentário:

  1. Tem que investigar o tal LELIS TRAJANO Pastor das Igrejas comunhão Plena.

    Eles bricam com as coisas de Deus.

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