quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dise e DIG usam imagens para prender traficantes no Olaria

Uma ação conjunta entre agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), resultou na prisão de três traficantes de drogas e na apreensão de outros três suspeitos de envolvimento com o crime no bairro da Olaria, localizado na região central da cidade.

Os infratores, segundo informações das delegacias, foram encontrados no final da tarde da última terça, por volta das 17h, com 33 pedras de crack. A ocorrência foi registrada na Rua José Pacini, próximos da Escola Municipal Profª Verena Dória de Oliveira e da Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Reino da Alegria.

A polícia prendeu José Alves de Oliveira, 34 anos, também conhecido como “Ninja”; Luan Rodrigues Alves, 18, chamado por “Neguinho” e Alessandro Rodrigues Mendes, 20, o “Buda”. Já os menores são D.S.C. e A.S.A., ambos com 17 anos, além de T.L.D., 16. Com eles, além das 33 pedras de crack, também foram localizados após abordagem e revista pessoal mais 26 dólares e R$ 285 em dinheiro, a maior parte em notas de R$ 10, proveniente da comercialização das drogas.

Para a confirmação da participação dos infratores no tráfico, agentes da Dise e DIG detalharam que realizaram durante aproximadamente 30 dias uma investigação sobre o caso, que partiu do recebimento de 12 denúncias anônimas.

Além disso, também foi utilizado o resultado obtido por filmagens que apontavam a presença dos seis jovens pelo local com drogas. A ação que ocasionou a prisão das pessoas foi liberada depois de um mandado emitido pelo juiz da 1ª Vara de São Sebastião, Antonio Carlos Martins.

Ainda segundo os investigadores, a abordagem não foi muito bem aceita pelos infratores, que tentaram fugir. Pegos, os seis evitaram passar muitas informações e também não confirmaram a venda de drogas para alunos das duas instituições de ensino. Conforme as investigações, o que pode ser percebido nas filmagens é que os estudantes e moradores da região circulavam próximos aos infratores tranqüilamente, sem que percebessem a prática do crime.
Depois de detidos, todos os seis foram levados à base da Dise, situada no bairro do Arrastão, também na área central, onde prestaram depoimentos.

Os maiores foram enquadrados por tráfico de entorpecentes, crime que pode punir o indiciado em até 15 anos de reclusão. Na unidade, também foi constatado que Buda já tinha passagem pelo mesmo delito. Em seguida, os três foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP), em Caraguatatuba.
Já os menores de idade também foram ouvidos pelo delegado da Dise, mas foram enquadrados por ato infracional e ficarão à disposição da Promotoria da Infância e da Juventude da cidade.

Cerca de 50 pessoas promoveram ontem uma manifestação contra a prisão de um dos acusados: Ninja. Segundo os moradores, ele é dono de um bar no bairro e muito querido pelos moradores da região do Olaria.

De acordo com a namorada Luciene Castilho Batista, 23 anos, Ninja frequentava a casa da sua família. “Se notasse algo de errado em sua vida nem estaria com ele”.
A sogra Aurora Castilho Batista, 69 anos, informou que os policiais chegaram de forma truculenta na residência. “Ninguém perguntou nada. Invadiram e quebraram tudo”.
O jovem Ademilton Gomes Pinheiro, 26 anos, que também participava da manifestação, explicou que dividiu por cinco anos o aluguel de uma casa com Ninja. “Nunca identifiquei nada de errado com meu amigo”.
Um dos líderes da manifestação e locatário do imóvel onde Ninja mora, João Amorin afirmou que a investigação está equivocada. “A prisão dele foi injusta e precisa ser reparada. Temos um abaixo assinado com 300 assinaturas de pessoas que atestam sua índole. Se preciso for, vamos às ruas”.

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