Uma mulher de 32 anos identificada por “Débora”, foi
assassinada enquanto realizava visita no CDP (Centro de Detenção Provisória) de
Caraguatatuba, no domingo 10/01. O autor do crime foi o próprio companheiro da
vítima, que a matou por estrangulamento, utilizando uma corda feita com sacos
plásticos. O filho do casal presenciou o ocorrido e foi encaminhado ao Conselho
Tutelar.
De
acordo com dados registrados no Boletim de Ocorrência, os agentes
penitenciários notaram a ausência da mulher por volta das 16:00, quando deveria
deixar o CDP. No pátio, eles encontraram um tumulto e outros presos agredindo o
detento que acabara de matar a companheira. Ele já estava preso por tentativa
de homicídio à esposa e ainda aguarda julgamento.
Já
a mulher, que residia no bairro Olaria, chegou a ser socorrida, mas não
resistiu ao trauma e morreu a caminho da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Segundo
familiares, a relação dos dois não estava bastante estremecida e ele fazia
ameaças constantes à esposa, motivo pelo qual acabou preso. Pessoas próximas a
ela temiam, inclusive, que ele cometesse o crime quando saísse da prisão.
Mesmo
com o histórico violento, a vítima foi visitar o companheiro na prisão e
atestou que era por livre e espontânea vontade. Não há relatos de que a mesma
tenha enfrentado problemas, ou sofrido agressões, nas visitas anteriores.
De
acordo com informações de testemunhas, nos dias de visita é comum que os
carcereiros “respeitem” a privacidade dos detentos, devido aos encontros
íntimos. É por esse motivo que ninguém teria visto o crime na hora em que
ocorreu.
O
criminoso foi levado à delegacia para prestar depoimento e transferido para
outra unidade prisional, não divulgada. Agora ele também responderá por
homicídio doloso, quando há intenção de matar.
No
CDP, foi aberta uma sindicância para apurar o ocorrido e verificar se houve
imprudência por parte de funcionários, que possam ter contribuído para a ação
criminosa do detento.
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