terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Mulher é morta por companheiro durante visita no CDP de Caraguatatuba

Uma mulher de 32 anos identificada por “Débora”, foi assassinada enquanto realizava visita no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caraguatatuba, no domingo 10/01. O autor do crime foi o próprio companheiro da vítima, que a matou por estrangulamento, utilizando uma corda feita com sacos plásticos. O filho do casal presenciou o ocorrido e foi encaminhado ao Conselho Tutelar.
De acordo com dados registrados no Boletim de Ocorrência, os agentes penitenciários notaram a ausência da mulher por volta das 16:00, quando deveria deixar o CDP. No pátio, eles encontraram um tumulto e outros presos agredindo o detento que acabara de matar a companheira. Ele já estava preso por tentativa de homicídio à esposa e ainda aguarda julgamento.
Já a mulher, que residia no bairro Olaria, chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao trauma e morreu a caminho da UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
Segundo familiares, a relação dos dois não estava bastante estremecida e ele fazia ameaças constantes à esposa, motivo pelo qual acabou preso. Pessoas próximas a ela temiam, inclusive, que ele cometesse o crime quando saísse da prisão.
Mesmo com o histórico violento, a vítima foi visitar o companheiro na prisão e atestou que era por livre e espontânea vontade. Não há relatos de que a mesma tenha enfrentado problemas, ou sofrido agressões, nas visitas anteriores.
De acordo com informações de testemunhas, nos dias de visita é comum que os carcereiros “respeitem” a privacidade dos detentos, devido aos encontros íntimos. É por esse motivo que ninguém teria visto o crime na hora em que ocorreu.
O criminoso foi levado à delegacia para prestar depoimento e transferido para outra unidade prisional, não divulgada. Agora ele também responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
No CDP, foi aberta uma sindicância para apurar o ocorrido e verificar se houve imprudência por parte de funcionários, que possam ter contribuído para a ação criminosa do detento. 


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