quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Policiais civis são confundidos e baleados por policiais militares

O delegado geral da Polícia Civil do Estado de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, afirmou na manhã desta quarta-feira que “teve falha operacional de alguém” no caso dos policiais militares que balearam policiais civis na noite de terça-feira em Osasco, na Grande São Paulo, ao confundi-los com criminosos. Cinco policiais militares teriam participado da ação. O estado de saúde dos três investigadores feridos não foi informado.

“É preciso saber agora quem cometeu a falha: se os policiais civis ou os militares”, disse o delegado geral Marcos Lima.

O delegado Lima afirmou que recebeu informações de seus subordinados de que investigadores de Franco da Rocha, também na Grande SP, apuravam uma denúncia de estelionato no Jardim Rochdale, em Osasco, quando um morador da região telefonou para a Polícia Militar por suspeitar que os policiais civis fossem assaltantes.
O que chamou a atenção do denunciante é que eles estavam sem identificação e num carro descaracterizado o que é comum na investigação da Polícia Civil. Além disso, os investigadores saíram do veículo armados em direção a uma casa onde moram algumas famílias.

Assim que a PM chegou ao local, ela teria dado voz de prisão aos investigadores sem saber que eles também eram policiais e que estavam apurando uma denúncia. A versão dos policiais militares é que um policial civil fez um gesto brusco, como se fosse sacar a arma, e por esse motivo, eles atiraram nos investigadores.
Para outros policiais civis, a ação da PM foi violenta e abusiva já que seus colegas investigadores foram atingidos quando já estariam rendidos.

Um policial civil foi baleado no rosto e no ombro, o seu parceiro, na perna, e o outro na mão. Dois policias baleados foram levados para o Hospital Antônio Giglio, em Osasco, e passaram por cirurgia. Até as 6h40 desta quarta-feira não havia informação sobre o estado de saúde deles. O outro foi PM foi levado para o Pronto-Socorro Rochdale e liberado em seguida.
 
“Ocorreu uma falha operacional. Foi uma operação policial de alto risco. Muitas vezes, o policial atira no susto, no instinto. Policial só vai atirar quando houver ameaça concreta contra ele. Há fatos que precisam ser analisados, um deles é que era de noite e estava escuro e isso dificulta a identificação de alguém. Basicamente, é preciso saber se a falha foi dos civis ou dos militares. Isso não visa só punir, é para melhorar a operacionalidade”, comentou Lima.

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