Um homem que já tinha se passado por delegado e advogado foi preso na sexta-feira em Araraquara, no interior de São Paulo, após fingir ser um padre e celebrar uma missa na cidade. Ele já havia sido condenado por furto e era procurado pela Justiça.
Um dos fiéis que desconfiou do falso padre foi o ministro da eucaristia César Mateus Gileno. Ele percebeu que havia algo de errado e resolveu fazer um teste. “Eu induzi ele ao erro, porque eu estava desconfiado. Eu fazia parte da oração eucarística, fazia ele ler parte da oração eucarística cinco, fazia ele ler parte de outra coisa e ele ia abraçando”, disse.
Durante uma semana, o falso padre também frequentou uma livraria católica, onde tentou aplicar um golpe de R$ 30 mil comprando roupas e acessórios usados por religiosos. A mercadoria foi recuperada. A comerciante Sheila Silva chegou a dar carona para ele. “Quando eu lembro dessa cena me dá arrepio. De ter colocado o bandido no meu carro e ter ido até a casa dele”, explicou.
O suspeito também foi a uma outra igreja, mas o padre Marcelo Aparecido de Souza logo percebeu a farsa e chamou a polícia. “Ele dizia ter 35 anos e 19 anos de padre. É impossível aos 16 anos ser padre”.
Ao perceber que estava sendo perseguido pela Polícia Militar, ele entrou em uma delegacia, que fica perto da igreja, para fazer uma reclamação à corregedoria. Foi quando a polícia descobriu que o falso padre era procurado.
Ele já havia se passado por delegado da Receita Federal e advogado. “Já respondeu cerca de oito inquéritos policiais que viraram processos criminais. Está procurado pela Justiça em um mandado de prisão expedido na capital paulista e agora ele está falando um pouquinho sobre Deus na cadeia”, disse o delegado Vinicius Ferraz Moreira.
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