Florisvaldo de Oliveira, o cabo Bruno, ex-policial militar e recém-saído da prisão, foi morto a tiros, no final da noite desta quarta-feira, na porta da casa onde morava, no bairro Quadra Coberta, em Pindamonhangaba (SP), no Vale do Paraíba.
O crime ocorreu 34 dias após Florisvaldo deixar a cadeia e dar continuidade, fora dela, à vida de pastor evangélico. Eram 23h45 quando a vítima, acompanhada de parentes, voltava de um culto em Aparecida, município vizinho, e foi surpreendida pelos criminosos em frente à casa da família.
"Segundo testemunhas, eram dois homens que chegaram a pé e atiraram somente contra ele (Florisvaldo). Não foi anunciado assalto. Havia um carro próximo do local, possivelmente utilizado pelos atiradores na fuga. Não temos pistas ainda sobre a autoria. Provavelmente foi um crime de execução, porém isso ficará agora a cargo da Polícia Civil investigar", afirmou o tenente Mário Tonini, da 2ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar.
Cabo Bruno não chegou a ser socorrido, pois morreu no local. Segundo a polícia, nada foi levado dele ou das demais pessoas. A perícia esteve no local do crime e recolheu algumas cápsulas de pistola ponto 40, mesmo calibre utilizado pela Polícia Militar, e outras calibre 380. Florisvaldo de Oliveira havia deixado a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P-2, de Tremembé, após cumprir 27 anos de prisão.
O ex-policial foi acusado e condenado por participação em mais de 50 assassinatos na década de 1980 na capital paulista, quando integrava um esquadrão da morte. Nos anos de cárcere, Florisvaldo converteu-se ao cristianismo, tornou-se pastor evangélico e se casou com uma cantora gospel.
No dia 23 de agosto, cabo Bruno foi beneficiado pelo indulto pleno para o restante da pena, já que ele era condenado a 120 anos de prisão, havia cumprido mais de 20 anos e tinha bom comportamento. O assassinato foi registrado no Distrito Policial Central de Pindamonhangaba, onde será investigado.
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