O representante comercial e funkeiro Jokrey Alves de Figueiredo, de 28 anos, também conhecido como MC Brow, foi assassinado no domingo com pelo menos 23 tiros na frente de uma igreja evangélica no Jardim Peri, zona norte de São Paulo. A polícia ainda não sabe quem são os autores, qual foi o motivo do crime e espera agora pelos depoimentos de familiares e testemunhas para esclarecer o caso.
O assassinato aconteceu por volta das 19h30, na Rua Araújo Castro. Segundo a polícia, Brow foi perseguido por seis homens em três motos e, na fuga, foi atingido por um tiro. Ele então perdeu o controle do carro, um Ford EcoSport com placa de Marília. O veículo desceu, de ré, e acertou outros três até parar na frente da igreja.
Os matadores tiraram Brow de dentro do EcoSport e dispararam várias vezes. Os policiais que atenderam a ocorrência contaram 15 tiros na cabeça do funkeiro. Ele também foi baleado na barriga, nas costas e no braço direito. Segundo o boletim de ocorrência, foram recolhidos 36 estojos deflagrados de balas calibre 9mm, 380, .45 e .40.
Pelo menos dois tiros atingiram a fachada da igreja, onde era realizado um culto. Segundo fiéis, por pouco não aconteceu uma tragédia, porque a calçada costuma ficar lotada de crianças.
Moradores do bairro dizem que, cerca de 30 minutos depois do assassinato, foram ouvidos fogos de artifício em uma comunidade próxima do local. A principal hipótese para a causa do crime é a de que Brow foi morto por ter delatado colegas. Também foi dito que ele estaria envolvido na morte de um ex-amigo, mas a polícia disse que não há inquérito sobre esse caso. O MC já foi preso por roubo. As letras de suas músicas têm temática sexual.
Segundo o delegado Guilherme Amadeu Júnior, da 2.ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), é cedo para saber quem são os autores. “A gente sabe que se trata de vingança. Agora, não posso descartar nada.”
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