O Comando-Geral da Polícia Militar vai criar uma remuneração variável para valorizar seus praças e oficiais. PMs que se envolverem em menos ocorrências suspeitas de resistência seguida de morte ganharão pontos para aumentar seus vencimentos. Um índice será feito com base em uma lista de metas ligadas à redução da criminalidade e à produtividade da ação policial relacionada, por exemplo, a apreensão de armas e revistas de suspeitos.
O plano foi apresentado pelo comandante-geral da PM, Roberval Ferreira França, ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), para reformar a corporação.
Segundo França, a reforma não tem o objetivo de responder à sucessão de notícias negativas na área da Segurança Pública que vieram à tona no período de sua gestão.
Entre os principais problemas, houve, em junho, uma sequência de seis PMs executados. Escutas da Polícia Civil identificaram criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) como os responsáveis. Até ontem, 54 policiais militares já haviam morrido a tiros neste ano. Também cresceram no Estado e na capital as taxas de crime contra o patrimônio e contra a pessoa, como os homicídios.
No fim do mês passado, o publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 42 anos, foi assassinado por PMs durante uma abordagem, em São Paulo. Já na região, uma perseguição policial a um carro ocupado por seis jovens, no Morro do São Bento, em Santos, resultou na morte de Bruno Vicente de Gouveia e Viana, de 19 anos.
Durante a perseguição, mais de 25 disparos foram efetuados pelos PMs contra o veículo dos jovens.
Além do incentivo aos policiais, o comandante diz ainda que pretende mudar as normas internas para tornar mais rápida a punição e a expulsão de policiais envolvidos em crimes.
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