A família do ajudante de gesseiro Luis Gustavo Nascimento Carneiro, de 20 anos, morto durante confronto com a polícia na madrugada de quinta-feira, acredita que droga e arma foram “plantadas”. Já a Polícia Militar afirma que o rapaz atirou contra a equipe.
A Seção de Comunicação Social do 6º BPM/I foi procurada e enviou nota sobre o caso. Segundo o texto, PMs faziam patrulhamento preventivo quando receberam uma denúncia. Os dados indicavam que pessoas tentavam subtrair janelas de alumínio de uma construção da Cohab.
Ainda segundo a versão da nota, que difere do registrado em boletim de ocorrência, os policiais se dirigiram ao local e, quando passavam em frente à favela do Caminho da Divisa, alguém que estava no Beco 12 começou a atirar contra a equipe. A PM identifica o atirador como Luis. Houve revide e o tiro disparado pelos PMs acertou a cabeça do rapaz. Em seguida, Luis teria recebido socorro, mas não resistiu.
No retorno da PM consta que alguns moradores da favela, por volta das 7h30, começaram uma manifestação por causa da morte. Sofás e entulhos teriam sido colocados na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no Rádio Clube, para impedir a passagem de ônibus. Na movimentação houve um coletivo da linha 139 foi incendiado.
No pedido feito por e-mail, a reportagem perguntou se teria havido alguma irregularidade na ação e se seria aberta alguma sindicância, como é praxe em situações onde há morte.
A reportagem solicitou também posição da PM em relação às afirmações feitas pela família do rapaz morto. Os assuntos, entretanto, não foram mencionados na nota oficial.
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