Acusado de estuprar durante mais de uma década uma enteada, atualmente com 19 anos, o pedreiro A.F.O., de 62 anos, foi capturado na tarde desta terça-feira, em sua casa, no Jardim Suarão, em Itanhaém, por policiais civis. Em razão dos reiterados abusos sexuais sofridos, a vítima deu à luz três crianças, que têm entre seis meses e 4 anos de idade.
Exames de DNA confirmaram que as crianças são filhas biológicas de A.F.O., cuja prisão preventiva foi decretada pelo juiz substituto da 2ª Vara Judicial de Itanhaém, Aluísio Moreira Bueno. A custódia cautelar foi pedida pelo delegado Angelo Matias da Silva, assistente da Delegacia Seccional de Itanhaém, que presidiu o inquérito e indiciou o pedreiro.
O inquérito policial foi instaurado por determinação do Ministério Público, que preliminarmente recebeu a informação de que o pedreiro molestava a enteada desde os 8 anos. “Ouvimos a vítima e ela confirmou os estupros, explicando que não denunciara antes o padrasto porque ele ameaçava matá-la”, disse o delegado.
Diante das suspeitas de que A.F.O. poderia ser o pai biológico dos três filhos da vítima, a autoridade policial determinou a realização dos exames de DNA. O confronto genético confirmou a paternidade por parte do pedreiro, sendo ele indiciado e tendo a preventiva requerida.
Segundo o investigador Marcos Ribeiro, para evitar eventual fuga do acusado, este teve a sua casa monitorada até a decretação da prisão. Por volta das 14h30 desta terça-feira, já de posse da ordem de captura, policiais da Seccional de Itanhaém se dirigiram ao endereço do pedreiro e o prenderam. Ele não reagiu.
Segundo o delegado Matias, o pedreiro demonstrou possuir “perfil pervertido”.
Ainda conforme o assistente, nas investigações apurou-se que dois dos três filhos do casamento do pedreiro, há alguns anos, o acusaram de estupro na Capital, mas se retrataram e ele não foi responsabilizado criminalmente.
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