quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Polícia prende quadrilha durante furto de 4 toneladas de cabos de cobre em São Paulo

Dez pessoas, entre elas um policial civil, foram presas enquanto furtavam 4 toneladas de cabos de cobre subterrâneos em Guarulhos na Grande São Paulo, às 2h30 desta quinta-feira. Derretido, o cobre valeria cerca de R$ 40 mil e, triturado, até R$ 60 mil. A quadrilha usava uniformes, caminhão-baú, cerca de proteção ao redor do bueiro e tinha um mapa da rede. O policial escoltava o grupo e já havia sido detido em março deste ano pelo mesmo crime.

Após furtos anteriores, os policiais militares da cidade foram orientados a suspeitar de intervenções na rede de telefonia durante a madrugada e, durante patrulhamento de rotina na Rua Dr. Timóteo Penteado, decidiram abordar o grupo, que apresentou uma ordem de serviço falsa. "Depois eles confessaram e disseram que recebiam R$ 500 por cada noite de crime", contou o soldado Márcio Pessa, da 1ª Companhia do 15º Batalhão Metropolitano. Entre os detidos está uma mulher de 29 anos e o suposto coordenador do furto, Francisco Nogueira Neto, de 32, acusado de remunerar os demais.

O investigador Lauriston Dias Leal, 48 anos, que disse trabalhar no 45º Distrito Policial, na Vila Brasilândia, estava atrás da quadrilha em um Corolla verde e tentou fugir. Ele já havia sido detido em março por furto de cabos e respondia em liberdade. Marcelo Fernandes, 38 anos, também estava no veículo e apresentou uma identidade falsa de policial civil.

Os dez presos foram autuados em flagrante por furto e formação de quadrilha no 1º Distrito Policial da cidade e encaminhados à Corregedoria da Polícia Civil. "O investigador também será autuado por prevaricação, pois deveria ter prendido os criminosos, mas não o fez porque fazia parte do grupo", disse o delegado Renato Francisco de Camargo Mello, da Divisão de Operações Policiais da Corregedoria.

Exceto o investigador e o falso policial, todos os presos são de Carapicuíba, onde atua uma quadrilha de roubo de cabos sob investigação da 3ª Delegacia de Patrimônio do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). A Polícia Civil cruzará os dados para saber se os detidos nesta quinta-feira integram a mesma quadrilha.

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