segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Assessor de Tucla foi preso com cocaína dias antes de execução

Seis dias antes de o vereador João Santana de Moura Villar, o Tucla, ser sumariamente executado a tiros sem qualquer chance de defesa, em Cubatão, o seu assessor parlamentar Anderson Luiz Santana, de 28 anos, e outros quatro homens foram presos com 200 quilos de cocaína e dois revólveres no Rio de Janeiro.

Tucla morreu dia 19 de maio deste ano. Estabelecer relação entre os casos é "prematuro", disse o delegado Paulo Roberto de Queiroz Motta, do 2º DP de Cubatão e responsável pelo inquérito que apura o assassinato do vereador.

No entanto, não descarta possível vínculo, entre outras hipóteses que mantém em sigilo para não prejudicar as investigações. "Temos ciência da prisão do assessor no Rio e já solicitamos a remessa dos autos do flagrante à Polícia Federal. Precisamos verificar se neles existe algum fato de interesse à nossa investigação. Sem essa análise nada podemos comentar", declarou Motta. Por enquanto, a autoria e os motivos da morte de Tucla são um mistério.

O pedido à PF foi feito por intermédioda Unidade de Inteligência Policial (UIP), do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6). Os dados oficiais relacionados à prisão de Anderson também são do interesse do delegado Marcelo Gonçalves da Silva, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos.


Marcelo preside o inquérito sobre o sumiço de dois comparsasdo traficante Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o Naldinho, desaparecido. Embora haja fortes rumores de que os três tenham sido eliminados por rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC), a ausência de corpos não autoriza uma certeza nesse sentido.

"A prisão do Anderson pode reacender as investigações", afirmou o delegado da DIG, referindo-se ao sumiço de Fernando Viana da Silva, o Plim, e Sílvio José Moreira Vasconcellos, o Sílvio Cabeça. Ambos foram vistos pela última vez na noite de 27 de janeiro de 2009. Três dias depois, o veículo foi achado abandonado no Saboó.

Em 29 de dezembro de 2008, Naldinho também sumira de forma misteriosa. Na ocasião, ele dirigia um carro que não foi localizado. O seu desaparecimento foi comunicado pela mãe, Maria das Graças Duarte, no 6º DP de São Bernardo do Campo, em cuja área reside. Na época, o delegado Paul Henry Bozon Verduraz chefiava 6º DP de São Bernardo do Campo. Ele e a sua equipe vistoriaram a casa do assessor parlamentar, no Jardim Casqueiro, em Cubatão. O objetivo era checar informação de que lá estaria enterrado o corpo de Naldinho, mas nada nesse sentido foi confirmado.

O vereador cubatense Tucla (PDT), de 52 anos, foi morto na tarde 19 de maio deste ano. Caminhava sozinho pelo Jardim Casqueiro, onde morava, quando um motoqueiro com capacete o chamou pelo nome e atirou várias vezes. Momentos antes, o político atendera o seu celular e externou no semblante preocupação

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