terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tradição de "laçar" mulher em Barretos é coibida pela Polícia Militar

"Pode 'laçar' as pernas da mulher? Não. Constitui crime e pode dar cadeia. Melhor paquerá-la de outras formas!"

Esse é um trecho do documento elaborado pela PM de Barretos (423 km de São Paulo) com orientações para quem frequenta a avenida 43, que concentra o público durante o dia nos finais de semana da Festa do Peão.

Fumar ao lado de bombas de combustível, ouvir som muito alto, acender churrasqueira em local indevido e tentar beijar mulher à força, todos costumes na avenida 43, também foram proibidos.

Os vetos foram listados em uma espécie de "código de conduta" para o evento, uma festa paralela à que ocorre no Parque do Peão, recinto projetado por Oscar Niemeyer que recebe a festa e que, neste ano, faz 25 anos.

A avenida 43 reúne durante o dia ao menos 5.000 pessoas, que fazem o "esquenta" antes de ir para o Parque. A principal preocupação da polícia é a captura das mulheres com o laço, prática que era febre e quase um pré-requisito para a diversão.

A proibição já existia em anos anteriores, mas sempre há quem tente burlá-la --segundo o tenente da PM Luciano Quemello Borges, 32--, razão pela qual as orientações foram divulgadas. Quem for flagrado desobedecendo às regras vai ser levado para a delegacia.

"A festa é diversão. A polícia não pode querer coibir tudo", disse o vendedor Tales Mendes, que já programou sua festa com amigos na 43.

A corporação não fornece o total de policiais que estará na avenida, mas utilizará cavalaria, dezenas de carros, motos e uma base fixa da PM.

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