Um homem morreu após ser covardemente espancado no interior de São Paulo. Cícero Fernando Guilherme passou quatro dias internado em uma UTI, mas não resistiu. Os agressores acusavam o homem de ter cometido um crime com o qual, segundo a polícia, Cícero não tinha nenhuma relação. Além de espancá-lo, o grupo destruiu a casa dele.
Cícero foi espancado por vizinhos que o acusavam de ser o responsável pela morte de uma adolescente de 14 anos que morava no bairro. Thais Alves Costa ficou desaparecida por 11 dias e foi encontrada morta em um rio. Além do linchamento, o grupo de 20 pessoas também incendiou a casa onde ele morava e destruiu o bar onde ele trabalhava.
De acordo com o delegado que investiga o caso, Cícero não tinha antecedentes criminais e nem era considerado suspeito pela morte da adolescente. Laudos preliminares da perícia apontam que a jovem não sofreu agressão física e que a causa da morte pode ter sido provocada por problema de saúde.
O delegado afirmou que Cícero já tinha sido ameaçado e que registrou boletins de ocorrência. O grupo que agrediu o comerciante vai ser indiciado por homicídio qualificado, formação de quadrilha, lesão corporal e tortura. "Não se pode inverter a ordem. Nós estamos em um estado democrático de direito onde somente cabe a Justiça julgar se uma pessoa é culpada ou inocente”, diz o delegado Aeliton Roberto de Souza.
A mãe da vítima, que também foi agredida, afirma que reconhece os autores do espancamento. “Reconheço qualquer um a qualquer hora e sei o nome deles de apelidos. Porque todos têm apelidos, não têm nomes certos”, afirma a aposentada Conceição Fernandes Rodrigues. Nenhum acusado do espancamento foi preso, até agora. Segundo a polícia os participantes da agressão estão sendo identificados.
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