O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, informou nesta quarta-feira que a pasta estuda uma série de medidas para aumentar a segurança nos presídios federais, entre as quais o aperfeiçoamento do controle das visitas de familiares e advogados e das visitas íntimas, que podem vir a ser suspensas.
O anúncio foi feito após uma reunião em Brasília entre Barreto e os quatro diretores de presídios federais, localizados em Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
"Fizemos uma avaliação do sistema e do impacto das transferências dos presos do Rio para nossos presídios. Os diretores fizeram uma análise e pediram medidas para esses novos presos. Faremos o aperfeiçoamento do controle de visitas de familiares, íntimas e de advogados. Nossa ideia é editar essas medidas para que rapidamente se façam essas mudanças", disse Barreto.
Uma das novas regras que deve ser implementada é o monitoramento de conversas dos presos com seus advogados nos parlatórios, como já é feito no presídio de Catanduvas. Por esse sistema, o preso é separado do advogado por um vidro e a comunicação se dá por meio de um telefone.
O ministro também não descartou a possibilidade de suspensão das visitas íntimas. "Vamos avaliar a possibilidade de suspender as visitas íntimas. Vamos tomar todas as medidas necessárias para que o sistema seja efetivo", declarou.
Segundo Barreto, as medidas estão sendo analisadas pela equipe técnica da pasta e podem ser encaminhadas ao Legislativo por meio de medida provisória ou projeto de lei. Medidas administrativas e algumas portarias devem ser implementadas ainda nesta semana.
"O sistema está funcionando muito bem. Continua sem relato de incidente. Não há indícios concretos de que houve ordem dos presídios para os incidentes no Rio, mas sempre a modernização é necessária", disse.
O ministro afirmou ainda que há vagas nos presídios federais e que estão à disposição dos governadores, em caso de necessidade.
A Justiça Federal autorizou, nesta quarta-feira, a transferência para o Presídio Federal de Catanduvas de seis homens presos durante as ações das forças de segurança no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O juiz corregedor de Catanduvas, Nivaldo Brunoni, autorizou a transferência para Catanduvas dos detentos Ricardo Severo, o Faustão; Emerson Ventapane da Silva, o Mão; Emerson Siqueira Rosa, o Neguinho; Marcos Vinícius da Silva, o Lambar; Tássio Fernando Faustino, o Branquinho; e Elizeu Felício de Souza, conhecido como Zeu, que foi condenado pela morte do jornalista Tim Lopes.
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