A mulher que era mantida refém há cerca de 19 horas pelo ex-marido em Araçatuba, a 527 km de São Paulo, foi libertada por volta das 8h15 desta quinta-feira. Policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais de São Paulo (Gate) que estavam no local ouviram um barulho semelhante a um tiro e invadiram o local.
A mulher foi retirada e levada para uma ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). De acordo com a PM, ela não foi ferida. De acordo com a Polícia Militar de Araçatuba, o homem foi baleado na cabeça. Ele foi socorrido para a Santa Casa da cidade.
A mulher foi rendida por volta das 11 horas de quarta-feira. De acordo com testemunhas, o homem chegou com uma mochila, entrou na clínica odontológica municipal onde ela trabalha e logo foi ao consultório número 1, onde a mulher estava sozinha, limpando o local. Assustadas, as três colegas se trancaram em outra sala e chamaram um dos dentistas que trabalha no local e que havia acabado de sair para o almoço.
Durante a noite, a PM informou que foi possível perceber, por meio de contato visual, que a mulher passava bem, assim como o homem que invadiu o prédio e a mantinha sob a mira de um revólver.
Familiares do ex-casal foram chamados para o local. Centenas de curiosos também acompanharam durante a madrugada o trabalho da polícia. O homem estava armado de revólver e mantinha em poder dele duas garrafas pet com gasolina. Ele ameaçava atear fogo no local. O ex-guarda municipal espalhou o combustível pelo consultório por pelo menos duas vezes.
Na hora em que o homem invadiu o local, um dentista ainda falou com o acusado, que já havia trancado a porta e colocado um armário para impedir a passagem. Os funcionários acionaram a Polícia Militar que isolou o local. De acordo com policiais, por muitas vezes, o acusado chegou a encostar a arma na cabeça na ex-mulher. Ele também teria ameaçado atirar nela e depois se matar.
Policiais do Gate chegaram de avião em Araçatuba por volta das 17h. Eles foram direto para a clínica e no local fizeram levantamento detalhado do local, com a medição de portas, janelas e paredes.
De acordo com policiais que estão no local, o homem não fez nenhuma reivindicação. Ele apenas teria pedido para que a ex-mulher confessasse uma suposta traição. Os dois moraram juntos durante 16 anos. O casal se separou há quatro meses, de acordo com a mãe da refém.
Desde a separação, começaram as brigas, conforme familiares. Márcia chegou a registrar boletins de ocorrência de ameaça contra o ex-marido. A Justiça expediu recentemente uma medida protetiva, por meio da qual ele ficou proibido de chegar a menos de 200 metros da ex-mulher.
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