O ex-presidiário Frank Ligieri Sons, 33, morto a tiros na madrugada de domingo quando, segundo a polícia, atirou contra a sede da Rota, é irmão de um ex-sargento da Polícia Militar.
Frank é irmão de Ronaldo Ligieri Sons, 35, que até 23 de março deste ano foi terceiro sargento da PM de São Paulo. Ronaldo trabalhava no 20º Batalhão, na região de Barueri (Grande SP), e, de acordo com o "Diário Oficial", pediu exoneração da Polícia Militar. O terceiro sargento já havia trabalhado na Rota.
Os setores de inteligência da PM e da Polícia Civil investigam a hipótese de que o ex-detento Frank era ligado a policiais da própria Rota, espécie de tropa de elite da PM.
A investigação tenta descobrir se Frank era ou não um "ganso" (informante) dos PMs da Rota e se, durante parte dos 11 anos em que esteve preso por roubo e lesão corporal, passava informações sobre criminosos aos policiais da tropa de elite.
Segundo a polícia, Frank tomou dois tiros na madrugada de domingo quando, acompanhado de outro suspeito, parou um carro numa rua lateral ao quartel da Rota, na Luz (região central de SP), desceu e atirou seis vezes contra o prédio.
Dois PMs da Rota que revidaram os tiros de Frank disseram que ele tinha um coquetel molotov nas mãos e que resistiu à ordem de prisão.
A polícia ainda não sabe se o ataque de domingo tem ligação com o atentado ao chefe da Rota, o tenente-coronel Paulo Telhada, que ocorreu cerca de 17 horas antes, na manhã de sábado. Ontem, Telhada afirmou que já esteve em "mais de 20 tiroteios", mas saiu apenas de dois confrontos baleado.
A polícia e o Ministério Público não encontraram até agora nenhum indício que ligue a chefia da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) aos atentados de sexta e sábado.
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