Três dias antes de ser alvo de uma megaoperação da Polícia Civil, o candidato a deputado federal pelo PSC Ney Santos, foragido da Justiça há seis dias, suspeito de lavar dinheiro da facção criminosa PCC, participou de um churrasco em uma creche conveniada da Prefeitura de São Paulo, no Grajaú (zona sul de SP), onde ofereceu vales-combustível em troca de votos, segundo pais e professores.
O presidente do Instituto Futuro do Amanhã, entidade mantenedora da creche, Laércio Ezequiel dos Santos, disse que convidou o candidato para a festa. A defesa de Ney Santos diz que a suspeita é "ridícula". Informada sobre a apuração da reportagem ontem, a Secretaria Municipal da Educação rompeu o convênio com a entidade.
O churrasco foi realizado no dia 12 de setembro, um domingo, no espaço de recreio do CEI (Centro de Educação Infantil) Futuro do Amanhã, que fica a 900 m de um posto de combustível pertencente a Ney Santos e a um sobrinho dele. Uma professora que esteve na festa diz que o candidato chegou ao local por volta das 11h, e ficou mais de uma hora. "Ele ofereceu vale-combustível no discurso e, depois, pegou o nome e o RG de cada um dos pais e professores que receberiam o benefício depois do dia 3 [data das eleições]", disse a funcionária.
O advogado Francisco Assis Henrique Neto Rocha, defensor do candidato a deputado federal Ney Santos (PSC), disse que a suspeita de que seu cliente tenha pedido votos em uma creche no Grajaú (zona sul de SP) é "ridícula".
"Nenhum candidato teria cacife para oferecer combustível em troca de votos que ele sequer tem garantia que será dele. Essa acusação é inaceitável."
Rocha disse também estranhar o fato de mães e professoras só terem procurado a Delegacia Seccional de Taboão da Serra (Grande SP) para relatar o caso na última segunda-feira. "Por que não foram à delegacia da área da creche ou à Delegacia Seccional de Santo Amaro?"
Já o presidente do Instituto Futuro do Amanhã, Laércio Ezequiel dos Santos, admitiu que convidou o candidato para o churrasco na creche para ele "conhecer o trabalho que fazemos com as crianças". "Ele não fez campanha nem pediu votos dentro da creche. Não há [na unidade] uma placa dizendo 'proibida a entrada de políticos'."
Laércio, que se diz "cabo eleitoral gratuito" de Ney Santos, afirmou que a suspeita seria fruto de perseguição de uma ex-presidente da entidade, que era mantenedora da creche até o mês passado.
Que pura mentira issoOo!!
ResponderExcluirEu freqüentava essa creche e nada do que fala a entrevista é verdade .O candidato do PSC Ney Santos foi sim no CEI, mas por venturas ele chegou no final da festa onde restava apenas alguns pais e alunos e os funcionários do CEI. Ele não ficou por mais de 15 minutos no local. Não fez se quer algum discurso ele apenas cumprimentou alguns pais e funcionários da creche e logo foi embora. Essa foto foi tirada por uma pessoa que não foi convidada para festa, mas como a festa era para as crianças e os portões ficarão abertos essa pessoa entrou por mandados de outra e tirou essa foto. Por causa de intrigas e disputa dessa creche causou todo esse revira volta e por fim ela fechou. Deixando 47 funcionários desempregados e 492 crianças sem a creche, algumas conseguirão vagas em outras creches e as outras estão sem vagas. Agora fica minha pergunta no que deu tudo isso afinal? No final quem foi mais prejudicado na história?. Pois é coitadas das crianças que já estavam acostumadas com o local e as professoras do CEI, fora as 47 funcionárias.