O cartunista Glauco Villas Boas, conhecido como Glauco, 52 anos, e seu filho Raoni Villas Boas, 25 anos, foram mortos na madrugada desta sexta-feira durante uma tentativa de assalto na residência da família, no bairro de Santa Sé, em Osasco, na Grande São Paulo.
Os dois foram socorridos e levados para o Hospital Albert Sabin, na Lapa. Zona Oeste de São Paulo, mas não resistiram. O hospital confirmou a entrada dos corpos às 0h45, que já foram retirados pelo Serviço de Verificação de Óbitos.
Os corpos chegaram ao Instituto Médico Legal de Osasco às 6h50 desta sexta-feira.
Glauco Villas-Boas nasceu em Jandaia do Sul, no Paraná, em 1957. Publicou seus primeiros trabalhos em 1976, no "Diário da Manhã" de Ribeirão Preto, e em 1977 ganhou seu primeiro prêmio no Salão do Humor de Piracicaba.
No início da década de 1980, passou a fazer parte do elenco de cartunistas do jornal "Folha de S. Paulo", onde consagrou personagens como Geraldão, Geraldinho, Dona Marta, Zé do Apocalipse, Casal Neuras e Doy Jorge.
Dono de um traço marcante e de um estilo de humor ácido e de piadas visuais rápidas, Glauco criou personagens que de certa forma representavam suas próprias experiências na São Paulo dos anos 1980, com referências a sexo, drogas e violência urbana.
Atualmente, Glauco publicava tiras diárias e charges no jornal "Folha de S. Paulo". Seus quadrinhos vinham sendo republicados por editoras como Opera Graphica e L&PM.
Em uma entrevista publicada na "Folha de S. Paulo" em 2004, Glauco lamentou a suposta falta de sintonia com as novas gerações. "Meu traço não é bom para retratar o futuro. Corro o risco de não falar a língua da moçada".
Glauco também fez parte da equipe de redatores dos programas "TV Pirata" e "TV Colosso", da Globo.
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