quarta-feira, 17 de março de 2010

Justiça determina prisão de médico acusado de abusar de pacientes em Taubaté

Um médico que atende na rede municipal de Taubaté está sendo procurado pela polícia. Vítimas registraram boletins de ocorrência afirmando que foram molestadas pelo ginecologista durante as consultas.

Uma dona de casa que prefere não se identificar, procurou a Casa da Mãe Taubateana para colocar um DIU, método contraceptivo. Só que a consulta com o ginecologista deixou a jovem traumatizada. Ela conta que sofreu abusos por parte do médico que a atendeu. "Eu percebi que estava errado na movimentação dele com a mão dentro de mim. Pra mim foi uma violência tremenda, foi um constrangimento muito grande".

E ela não é a única que denuncia. Casada e mãe de 3 filhos, uma outra mulher, que também prefere ficar no anonimato, conta que com ela o médico foi além. "Ele veio por trás de mim pra me abraçar e comentou que se eu precisasse de camisinha, que ele tinha na carteira pra me emprestar."

Também sem se identificar, uma outra paciente, de 34 anos, diz que resolveu denunciar o ginecologista para evitar que outras pessoas passem pela mesma situação. "Eu tenho quatro filhas mulheres e sabendo do que está acontecendo, que eu sei que não é correto, ele continua atendendo até semana passada, eu não quero que outras mulheres, nem que minhas filhas cheguem um dia a precisar passar por ele. O correto é a gente denunciar mesmo, e não ficar por isso mesmo".

As vítimas que denunciaram o médico foram atendidas na Casa da Mãe Taubateana. O ginecologista e obstetra trabalha na rede pública de saúde da cidade há oito anos. A diretoria de saúde do município já foi notificada sobre as denuncias e espera novos documentos para abrir um processo administrativo.

A delegada da mulher, Fernanda Brandão, que é quem cuida do caso, informou que já foi decretada a prisão do médico. Foram feitas buscas na casa e no consultório dele. E hoje ele é considerado foragido.

A policia civil pede que, as pacientes que tiveram os mesmos problemas, registrem boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. A identidade das vítimas será preservada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário