Capturado no início da manhã desta terça-feira na casa de uma tia, no Balneário Esmeralda, em Praia Grande, Rafael Pedroso Souto, o Japonês, de 20 anos, confessou dois assassinatos: um a tiro, contra um taxista, na Vila Mathias, e o outro a facada, cuja vítima foi uma garota de programa.
A prisão de Japonês foi realizada pelo delegado Marcelo Gonçalves da Silva e pelos investigadores Fábio Gatto, Luiz César de Almeida e Luiz Nascimento, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
De posse de uma precisa informação sobre o paradeiro do rapaz, os policiais não tiveram dificuldades em localizá-lo. No momento da captura, Japonês dormia. Ao ser algemado e conduzido à viatura que o levou até a DIG, onde foi interrogado, sorriu.
Pelos dois homicídios qualificados dos quais é acusado, o jovem está sujeito a pena máxima de 60 anos de reclusão. Além dos assassinatos, ele ainda admitiu ter incendiado quatro veículos a mando da garota de programa Patrícia Gomes de Oliveira, de 26 anos.
De acordo com Japonês, em razão de desavenças pessoais, Patrícia encomendou o incêndio dos carros de outras garotas de programa, pagando a quantia de R$ 500,00 por veículo. Nesses crimes, o rapaz disse que agiu em parceria com Maurício de Morais, de 20 anos.
Os dois jovens também foram contratados por Patrícia para eliminar o taxista Luciano Francioly dos Santos Leonez, de 38 anos. A mandante estaria supostamente descontente com o motorista, porque ele levaria tripulantes estrangeiros até outras garotas de programa.
Japonês disse que Patrícia prometeu R$ 2 mil pelo assassinato do taxista, mas pagou apenas a metade. Segundo o acusado preso ontem, ele pegou o táxi da vítima passando-se por passageiro e no trajeto apanhou o comparsa.
Depois, a dupla rendeu o motorista e o obrigou a ingerir água com cocaína. Japonês explicou que o objetivo era matar a vítima por overdose, mas como ela só ficou “acelerada”, a assassinou com um tiro na nuca. Para não errar o disparo, esse acusado contou com o apoio de Maurício, que segurou Luciano.
Em interrogatório prestado ao delegado Luiz Eduardo Fiore Maia, titular do 2ºDP de Santos, Japonês contou que ele e Maurício ficaram irritados com o fato de não terem recebido de Patrícia todo o valor por ela prometido.
Por esse motivo, fingiram aceitar dela o convite para incendiar mais dois carros apenas para “pegá-la”. Nesse novo encontro entre os três, houve uma discussão motivada pela dívida da garota e os rapazes a esfaquearam.
Patrícia estava ao volante do seu Ford EcoSport e foi segura pelos cabelos por Japonês, enquanto Maurício a esfaqueou no pescoço. Esse crime aconteceu no dia 2 de fevereiro, na Rua Pérsio de Queiroz Filho, na Encruzilhada.
Gravemente ferida, a jovem foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Beneficência Portuguesa, onde morreu oito dias depois. A execução do taxista foi cometida no dia 21 de janeiro, na Rua Júlio Conceição, na Vila Mathias.
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