quinta-feira, 24 de março de 2011

Morto se mexe no caixão e assusta família no velório em São José

A polícia de São José dos Campos investiga a morte de um homem no Hospital Pio XII e pediu a exumação do corpo dele para apurar as causas do falecimento. A família diz ter visto o corpo mexer e acredita que ele chegou vivo ao velório.

Nelson do Nascimento tinha 58 anos. A família do segurança conta que ele foi internado no fim do ano passado no Hospital Municipal com um aneurisma no cérebro, um problema na artéria. No fim de janeiro, foi transferido para o Hospital Pio XII, onde foi feito o tratamento para o aneurisma.

De acordo com a assessoria do hospital, Nelson também teve complicações na região abdominal e passou por mais duas cirurgias. O estado de saúde ficou grave e ele foi encaminhado para a UTI. A morte de Nelson foi declarada às 19h10 de 14 de março. Foi depois disso que começaram as dúvidas da família.

O atestado de óbito diz que o segurança morreu de disfunção múltipla de órgãos após a operação na região abdominal. Ele foi velado em um caixão lacrado, mas a família conta que, durante o velório, ouviu barulhos e alguns parentes dizem que sentiram o corpo dele se mexendo.

“Coloquei a mão em cima do caixão, como ele era muito frágil apertei a tampa e senti que tinha algo se mexendo lá dentro,” conta a sobrinha de Nelson, Eliene Lima.

A filha de Nelson, Sirlene dos Santos, relata que viu a parte do caixão, onde normalmente ficam as pernas, mexendo. “Eu, minhas irmãs e meu cunhado vimos”.

Parentes abriram o caixão com ferramentas e disseram que o corpo estava quente. Eles chamaram o resgate, mas Nelson foi mesmo declarado morto. A família registrou um boletim de ocorrência e a polícia investiga o caso.

O coordenador do resgate da prefeitura diz que quando os médicos chegaram ao velório Nelson já estava morto há pelo menos quatro horas. “Verificou que tinham sinais evidentes de morte, que é a rigidez cadavérica, inicia na face e vai pros outros músculos duas horas após a morte. Os braços já estavam com rigidez, o que significa pelo menos quatro horas de morte,” explica Fernando Fonseca Costa.

Segundo ele, outros casos semelhantes já aconteceram.

“Nos últimos cinco anos nós tivemos três casos, esse é o terceiro caso. Isso pode acontecer, eventualmente por sons, ou movimentos mesmo do corpo ocasionados por fermentação de bactérias dentro do tubo digestivo, o que pode ser mais comum ainda em pacientes que eventualmente morreram com quadro infeccioso. Às vezes até a temperatura do corpo demora mais pra diminuir, e a família não habituada a isso, diante de toda aquela tristeza, pode achar que está vivo,” explica o coordenador do resgate da prefeitura.

O Hospital Pio XII informou ainda que a morte foi constatada pela euiqpe médica que examinou o paciente e verificou que ele não apresentava sinais vitais. A polícia não informou quando será feita a exumação.

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