Não bastasse tornar-se paraplégico aos 15 anos, vítima de uma facada durante um roubo de bicicleta, o gerente comercial Diego dos Santos Lima, de 24 anos, agora tem mais um trauma que o acompanhará para o resto de sua vida.
Vítima de um assalto segunda-feira à noite, no Estuário, em Santos, ele ficou pendurado na porta de seu veículo e quase foi arrastado. Por sorte, os marginais não souberam dirigir o automóvel adaptado.
A vítima contou a reportagem que, por volta das 19 horas, saiu do trabalho, na Vila Mathias, e resolveu pegar a avenida portuária para chegar à sua residência. “Como havia trânsito, resolvi seguir por esse caminho alternativo”.
Infelizmente, a economia de tempo lhe custou caro. Ao parar seu veículo, um Toyota Corolla, em um semáforo na Avenida Mário Covas, esquina com o canal 5, o rapaz foi abordado por dois marginais. “Eles ficavam com a mão na cintura e disseram que estavam armados, mas não mostraram a arma”.
Os ladrões mandaram a vítima destrancar a porta. Em seguida, deram um soco no rapaz e o puxaram para fora do veículo. Mas, ele ficou com as pernas presas no banco e o corpo pendurado para fora. “Disse: ‘sou cadeirante´ e um deles respondeu: ´e eu sou o Lula´. Não sei se não entendeu o que eu disse ou se não acreditou. Então, falei que a cadeira estava no carro, mas eles não se importaram”.
Desesperado, esperando a qualquer momento o veículo se mover, ele gritava, sem parar, que estava preso e não conseguia sair. “Se o carro andasse eu ia ser arrastado e morrer, como o menino do Rio de Janeiro, após ser arrastado”, disse, referindo-se ao caso do garoto João Helio, que ficou preso pelo cinto de segurança e foi arrastado por aproximadamente 7 km.
A ação durou cerca de três minutos, até que os marginais desistiram de levar o automóvel, porque não conseguiram dirigi-lo, e fugiram levando R$ 220,00.
“Fiquei pendurado ali até que as pessoas perceberam e foram me ajudar”. O caso foi registrado no 3º DP.
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