Começou, na manhã desta terça-feira, em Campo Grande, o julgamento do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Desta vez, ele é acusado de mandar matar um traficante rival, João Morel.
Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, logo depois que entrou na sala, Beira-Mar pediu para que fossem tirados o colete à prova de balas e as algemas e o juiz Carlos Alberto Garcete permitiu. O réu está sentado ao lado de dois policiais.
Morel foi morto a golpes de faca artesanal dentro do presídio de segurança máxima, em janeiro de 2001. Segundo a acusação, ele e Beira-Mar disputavam o controle do tráfico na região de fronteira.
O promotor de Justiça Paulo Cezar Passos diz que há provas testemunhais, periciais e documentos sigilosos que demonstram que Beira-Mar ordenou o assassinato. O advogado Luiz Gustavo Battaglin, que defende o acusado, diz que não há provas suficientes. "O acervo probatório é fraquíssimo. No entanto, me preocupam os antecedentes do réu. Isso costuma influenciar."
Segurança reforçada
Uma ação conjunta do Departamento Penitenciário Nacional, Força Nacional, Polícia Federal e do Comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul garantem o reforço da segurança no local. O trânsito na região do fórum deve permanecer interditado.
Beira-Mar chegou ao fórum da capital de Mato Grosso do Sul, onde vai ocorrer o julgamento, em um comboio composto por três vans e um helicóptero. Os veículos entraram por uma garagem na lateral do prédio.
Ele já foi condenado a mais de 130 anos de prisão em outros processos, em quatro estados.
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