As 70 detentas da Cadeia Pública de Ubatuba podem ser transferidas para as novas celas da Cadeia Pública de Caraguatatuba. A medida visa liberar o prédio da primeira unidade prisional para a conclusão da reforma das oito celas, enquanto na cidade vizinha as obras de construção de oito celas devem ser entregues dentro de 20 dias.
De acordo com o delegado seccional, Múcio Alvarenga, a transferência das presas é uma possibilidade porque haveria uma dificuldade de mandá-las para outros locais. Mas para isso, primeiro ele precisa pedir autorização do juiz da comarca, bem como do prefeito Antonio Carlos da Silva, que atualmente está de licença. “Essa é a alternativa mais viável que temos de momento porque não podemos iniciar a reforma do lado de dentro da Cadeia de Ubatuba com as presas lá”.
O prédio de Caraguá tem ainda um agravante porque está interditado e antes de voltar a funcionar precisa ser desinterditado pela Justiça.
Outro fator a ser levado em conta pelo seccional é que, em Caraguá, a cadeia é masculina, sendo que hoje 24 detentos em trânsito ficam em quatro celas construídas na gestão da delegada titular Arlete Maria Neves. Assim, as detentas teriam de ficar na ala nova que, conforme Alvarenga, seria por um período máximo de dois meses, tempo previsto para conclusão da reforma em Ubatuba.
Atualmente a Cadeia de Ubatuba, que abriga as presas do Litoral Norte, está superlotada uma vez que sua capacidade é de 24 presas e conta com 70. Em Caraguá, a unidade recebe todos os detidos do sexo masculinos da região em pelo menos seis situações – flagrante, temporário (preventivo), condenados, pensão alimentícia, detido com curso superior e adolescentes apreendidos - já que não há celas de trânsito em Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela.
No final de semana, um foragido acusado de tentativa de estupro na Costa Sul de São Sebastião não foi ‘aceito’ pelos companheiros de cela e precisou retornar para o 2º DP da cidade. (leia texto nesta página).
A reforma da Cadeia Pública de Caraguá custou em torno de R$ 500 mil e foram construídas oito celas, com capacidade para oito presos cada, e todas elas com reforço na estrutura. No piso, são cerca de 50 centímetros de concreto e malha de ferro para evitar túneis, assim como as paredes também receberam blocos de concreto reforçado.
A altura da estrutura é de 7,20 metros e há uma malha de proteção em cima. Essa mesma estrutura será usada na unidade de Ubatuba.
Conforme o delegado seccional, após a conclusão dessas duas obras, o próximo prédio a ser reformado será o de Ilhabela que, segundo ele, nunca foi mexido. Mas a unidade não deve ganhar celas, cabendo a Caraguá o papel de receber os presos da região em função da sua disposição geográfica.
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