Investigações do DHPP (departamento de homicídios), da Polícia Civil de SP, apontam que uma chacina com quatro mortos na noite de 22 de março deste ano, no bairro Socorro (zona sul de SP), foi um atentado cometido "por engano" por um PM que buscava vingança.
O DHPP descobriu que o PM Clóvis Silva Alves, 39, é o suspeito do ataque a tiros contra Luciano de Jesus Machado, 21, Raphael Alves da Silva, Sidney de Oliveira, 34, e Thiago de Jesus Silva Pessoa, 21.
Uma das vítimas foi confundida com um ladrão que, na tarde daquele dia 22, tentou roubar um ponto comercial onde o PM fazia segurança.
Na tentativa de roubo ao Mercado Villas, o PM Alves e o ladrão trocaram tiros, mas o criminoso fugiu, abandonando sua moto na região.
Depois de rastrear os dados do ladrão, o PM Alves foi para a vingança e matou os quatro homens. Localizado pelo DHPP, o ladrão do mercado, Silas Alves Pereira, confirmou ter trocado tiros com o PM. Uma testemunha fez o retrato falado de um dos suspeitos pela chacina, e a imagem confere com a de um homem que fazia segurança com o PM Alves. O DHPP também suspeita que PMs que foram ao local da chacina adulteraram a cena do crime, quando recolheram cápsulas e lavaram as poças de sangue das vítimas para impedir a perícia no local.
Neste ano, São Paulo teve oito chacinas, com 34 mortos. Procurado desde sexta, o comando da PM não comentou. O PM Alves não foi localizado pela reportagem.
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