A transferência de uma presa que estava no 2º DP de Santos para a carceragem de Lavínia, em São Paulo, provocou um motim na tarde desta segunda-feira. A confusão teria começado porque sua namorada e colega de cela não se conformou com a separação. Uma carcereira foi feita refém.
De acordo com a delegada Daniela Perez Lázaro, diretora da cadeia santista, o distúrbio não sensibilizou as funcionárias da unidade e o casal de presas foi separado.
Por volta das 18 horas, Márcia Cabral, de 52 anos, entrou na galeria ímpar para fechar as celas, após ter feito o mesmo com os xadrezes da ala par. A autora do motim estava sentada, mas levantou-se rápido e imobilizou a funcionária pelo pescoço, aplicando-lhe uma gravata.
As chaves de Márcia foram retiradas pela detenta rebelde e outras presas se apoderaram delas, abrindo os xadrezes que já estavam fechados. Policiais do 2º DP intervieram de imediato e contaram com pronto apoio de uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE). A diretora da cadeia também se dirigiu à carceragem para controlar o motim.
Ao perceber que não adiantaria manter a funcionária como refém, a carcereira e a libertou. As demais presas também retornaram às suas celas sem oferecer qualquer resistência. Porém, as chaves e os cadeados dos xadrezes sumiram, sendo providenciados novos.
As carcereiras aproveitaram esta manhã para realizar minuciosa revista na cadeia. Durante as buscas, os cadeados e as chaves que desapareceram foram encontrados dentro de um saco de lixo. Com capacidade para 60 detentas, a unidade abrigava 154, das quais 49 já foram condenadas e deveriam estar em penitenciárias
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