Um esquema de roubo e venda de medicamentos contra o câncer resultou em prejuízo de R$ 10 milhões ao setor de saúde no estado de São Paulo. O esquema era investigado pela polícia desde 2009 e terminou com a prisão de quatro suspeitos nesta segunda-feira. Um dos presos era o responsável pela compra dos medicamentos roubados.
Os policiais da Delegacia de Saúde Pública estavam à procura de oito homens. Quatro foram encontrados. Segundo a policia, eles fazem parte de um grupo que rouba e revende remédios. “Esse receptador repassa para essas distribuidoras, que por sua vez acaba distribuindo esse medicamento em todo território nacional”, diz o delegado Anderson Giampaoli.
A policia investigou o grupo durante um ano. Nesse período, o mesmo centro de saúde foi assaltado quatro vezes. Em todos os casos, os ladrões queriam o Mabthera, remédio usado no tratamento de câncer, pelo qual o estado paga até R$ 6 mil por unidade e fornece de graça.
Pelo menos duas ações foram gravadas por câmeras de segurança. Na primeira, em março do ano passado, funcionários da farmácia foram dominados pelo grupo e foram obrigados a dizer onde estavam os remédios mais caros. Uma carga inteira de remédios que havia acabado de chegar desapareceu.
Em setembro do ano passado, receptadores e donos de distribuidoras foram presos, mas os roubos continuaram. Em fevereiro deste ano, os ladrões esperaram que todos os pacientes e funcionários fossem embora para agir. O vigilante que tomava conta do prédio foi dominado por um homem que carregava uma metralhadora dentro da bolsa. Outros homens do grupo entraram e levaram R$ 1,5 milhão em medicamentos.
Neste mês, foram mais duas tentativas. Na semana passada, policiais já sabiam que os bandidos iriam agir novamente e esperaram que chegassem dentro do posto. Houve tiroteio e os ladrões fugiram. Um rapaz, suspeito de ajudar a quadrilha cortando cabos de telefonia, foi preso.
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