O médico ginecologista Hélcio Andrade, acusado de abusar de 24 de pacientes durante procedimentos médicos, em Taubaté (SP), foi preso nesta quarta-feira, após prestar depoimento por nove horas na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). "Sempre fui íntegro e profissional", disse ele, após o depoimento, destacando que sua trajetória de vida servirá como defesa.
Segundo a delegada titular da DDM, Fernanda Rangel da Silva Brandão, Andrade negou todas as acusações, mas respondeu a todas as perguntas. Após o depoimento, o médico foi encaminhado ao Centro de Triagem de Presos de Taubaté, onde pode permanecer até por 30 dias, prazo de validade da prisão provisória.
O advogado Sergio Badaró, que defende o médico, afirmou à imprensa, no entanto, que pretende nesta quinta-feira pedir a reconsideração de um pedido anterior que foi negado pela Justiça, para revogar a prisão de Andrade.
O inquérito policial deverá ser encaminhado à Justiça em dez dias.As investigações sobre os possíveis crimes cometidos por Andrade na Casa da Mulher Taubateana, ligada à rede pública de saúde do município, começaram em março, depois que três mulheres fizeram boletim de ocorrência contra o ginecologista.
Outras 21 mulheres também foram à polícia denunciá-lo e sua prisão provisória foi pedida. Houve também, na época, a manifestação de um grupo de pacientes do consultório particular do médico, que saiu em sua defesa. O grupo fez uma manifestação diante da DDM, na manhã desta quarta-feira, alegando inocência de Andrade.
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