quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pastor é morto durante culto

Durante um culto, realizado na manhã de ontem em uma trilha no Sítio do Queiroz, em Cubatão, o pastor da Igreja Pentecostal Deus é fiel na Terra, Rogério Gonçalves Segundo, de 40 anos, foi assassinado com dois tiros. Outras três pessoas que estavam no local conseguiram escapar.

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado no 3º DP de Cubatão, por volta das 8h30, o pastor e outros três evangélicos teriam subido o morro, que fica ao lado da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, e seguiram cerca de dois quilômetros mata adentro para orar, como era de costume.

Logo após a chegada do grupo, dois homens armados, com os rostos cobertos com lenços e sem camisa, apareceram no local e mandaram que todos se deitassem no chão.

Apenas o pastor teria atendido a ordem dos marginais mas, mesmo assim, foi baleado com dois tiros e morreu no local. Outras duas pessoas viraram de costas. A dupla tentou atirar contra um encanador, de 60 anos, que estava no local, mas ele correu e escapou ileso.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirada do corpo e a equipe teve dificuldades para fazer a remoção, já que o local fica em meio a uma mata fechada com vegetação nativa.

ÓTIMA PESSOA

Segundo o irmão da vítima, José Ricardo Gonçalves, de 38 anos, há dois anos Rogério se tornou pastor. Casado há 9, ele deixou seis filhos, o mais velho com 12 anos e os mais novos, gêmeos, de apenas 8 meses.

"Era uma ótima pessoa, não tinha desavenças com ninguém, era muito querido. Nossa mãe tem 72 anos e está no hospital. Espero que a polícia descubra quem fez isso".

O caso será investigado pela equipe do 3º DP de Cubatão, chefiada pelo delegado Francisco José Lanfredi e pelo encarregado Eduardo.

De acordo com o investigador Roberto Jaime, a polícia recebeu informações de que nas últimas semanas o pastor vinha sendo ameaçado por vizinhos, que estavam incomodados com o barulho da Igreja.

Logo após o crime, um suspeito foi levado ao distrito, onde prestou depoimento e negou as ameaças. "Como não foi reconhecido pelas vítimas, foi liberado".

Informações que possam ajudar a polícia a esclarecer o homicídio do pastor podem ser passadas pelo telefone 181.

De acordo com uma testemunha e amigo da vítima há 10 anos, o pastor não tinha desavenças com ninguém. "Cresceu aqui em Cubatão, era um amigo muito grande. É um pastor que ora e Deus cura. A igreja dele tem mais de 40 seguidores".

Essa testemunha, que preferiu não ser identificada, contou que há três meses o pastor presidia a igreja, mas há dois anos ele subia o morro com outros evangélicos para orar. "Tem dias que sobe uma multidão com a gente. Como tem vizinhos que não gostam do barulho, nós vamos no mato orar, para vencer os dias maus. Lá não atrapalhamos ninguém".

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