Seis pessoas foram assassina das na madrugada de ontem, em Guarujá. Os crimes aconteceram em bairros diferentes da Cidade, porém, segundo os boletins de ocorrências, registrados na Delegacia Sede doMunicípio como homicídio qualificado, em todos os casos, conforme testemunhas, os bandidos estavam em motos e não deixaram nenhum vestígio.
A primeira vítima foi Marise Maria da Silva, de 35 anos, que morreu após ser alvejada com vários disparos de arma de fogo em seu estabelecimento comercial (bar), na Rua Leonor da Silva Quadros, 24, na Favela Cantagalo, no Bairro Cidade Atlântica.
O crime ocorreu por volta das 23h55. De acordo com o Boletim de Ocorrência 3.636/09, a testemunha Paula Michele Costa Silva, de 27 anos, dirigiu-se ao andar de cima do bar, quando ouviu tiros e também um barulho de moto. Quando desceu para verificar o que tinha ocorrido, encontrou Marise caída no chão agonizando.
Após acionar a Polícia Militar, a vítima foi encaminhada ao Hospital Santo Amaro, porém deu entrada já em óbito. Apolícia não encontrou vestígios sobre a autoria do delito. Além disso, o local foi prejudicado para perícia, segundo o BO, porque após a saída da polícia familiares da vítima lavaram e fecharam o bar. Marise deixou três filhos. Porém, apenas Wiliton da Silva Cardoso, de 19 anos, morava com ela. Abatido, o rapaz afirmou no Instituto Médico Legal (IML), enquanto esperava a liberação do corpo, que nada parecido havia acontecido antes na região e que não tinha explicações para o fato.
NA RUA
Outro crime aconteceu por vol- ta da meia-noite, na favela Vila Rã. O vigilante Tiago Galvão Eça, 24 anos, foi morto em frente à sua casa, na Rua Afonso Câmara. Conforme o BO 3.637/09, o pai da vítima, o comerciante Paulo Figueiredo Eça, de 57 anos, declarou que Tiago foi interceptado quando saía de casa, por quatro indivíduos em duas motos, que efetuaram os disparos.
Paulo destacou ainda que um dos bandidos desceu do veículo, tirou o capacete e deu mais tiros. Ainda conforme o documento, o pai da vítima comentou que há cerca de 15 dias, Tiago também foi surpreendido por vários tiros que não chegaram a atingi-lo. Sem entender a causa do assassinato e muito abalado, o comerciante contou para A Tribuna que Tiago era um bom menino e não tinha inimigos. O jovem deixou três filhas pequenas.
QUATRO VÍTIMAS
O último caso, que resultou em quatro mortes, foi registrado por volta da 1h10 e ocorreu em um bar localizado na Av. Lídia Martins Correia, 136, no Morro do Engenho, Vila Zilda. As vítimas foram Cíntia Ruiz, 29 anos, Horácio Lessa Neves, 37 anos, Saint Clair dos Santos Melo, 29 anos e Marco Antônio Nascimento Barbosa, de 31 anos. Cíntia Ruiz, filha da proprietária do estabelecimento, Marli Lurde Ruiz, e Horácio Lessa morreram no local.
Já os demais foram levados ao Hospital Santo Amaro, mas não resistiram aos ferimentos. Testemunhas que não quiseram se identificar relataram, conforme o BO 3640/09, que quatro pessoas, ocupantes de duas motos, chegaram ao local, sacaram as armas e começaram a atirar, atingindo as vítimas. Logo depois fugiram.
Segundo o marido de Cíntia, Cícero Ruiz, que esteve no IML de Guarujá durante a manhã de ontem, a jovem estava grávida de três meses e deixou também uma filha de pouco mais de 2 anos. Ele contou que o casal mora nos fundos do bar e que Cíntia havia saído para ajudar a mãe quando foi assassinada.
Cícero comentou que a jovem tentou fugir quando percebeu os disparos, mas não deu tempo. Revoltado,Maurício Barbosa, irmão de Marco Antônio, explicou que o vigilante tinha ido apenas comprar um maço de cigarros quando foi alvejado sem justificativas. "Isso é reflexo da impunidade que vem aumentando cada vez mais. Além disso, não temos mais segurança". FONTE: A TRIBUNA
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