O juiz José Romano Lucarini, da 1ª Vara Criminal de Santos, decretou a prisão preventiva de dois policiais civis acusados de torturar, nas dependências do 1º DP, um acusado de roubo. Em decorrência da violência, a vítima precisou ser internada e correu risco de morte. As ordens de captura foram cumpridas na segunda-feira, sendo os acusados removidos ao Presídio da Polícia Civil, em São Paulo.
O escrivão Emmanuel Carlos de Carvalho e o investigador Cristiano Pires são os acusados. Eles foram denunciados pelo promotor de justiça Rogério Pereira da Luz Ferreira, bem como a delegada plantonista Gabriela de Carvalho. Porém, o representante do Ministério Público (MP) pediu as preventivas apenas dos dois primeiros, acusados de torturarem o preso.
Segundo a denúncia do MP, embora não tenha torturado a vítima, a delegada ouviu os gritos dela, porque estava de plantão no distrito, e omitiu-se, contribuindo para a consumação do crime. A violência aconteceu na madrugada de 12 de abril de 2008, após W. ser preso em flagrante por policiais militares sob a acusação de roubo. Ele ainda permanece na cadeia por causa do delito.
SUPOSTO MOTIVO
A delegada Lilian Rodrigues, da Corregedoria da Polícia Civil, apurou o caso em inquérito, que serviu de base à denúncia do MP. O suposto motivo do crime atribuído ao escrivão, ao investigador e à delegada Gabriela foi o fato do preso se recusar a fornecer os seus dados pessoais e fazer algazarra no distrito.
Para o promotor, a tortura foi o meio de se obter informações sobre a identidade da vítima, além de servir como "corretivo", porque suspeitou-se que o rapaz não desejava roubar, mas praticar um estupro. Autuado em flagrante, ele registra passagens por crimes sexuais.
A denúncia descreve com detalhes o modo como a vítima teria sido constrangida. "O denunciado Emmanuel agarrou o ofendido com violência, imobilizando-o. Nesse momento, o denunciado Cristiano introduziu um pedaço de madeira no ânus da vítima. Ato contínuo, passou a movimentar a madeira bruscamente para causar intensa dor".
tadinho dele !
ResponderExcluirNão devemos nos igualar a marginalidade, aos erros, isso é fato. Mas pela visão geral, podemos seguir uma linha de pensamento diferente
ResponderExcluirSe ele não tivesse sido pego, onde estaria??? Estaria em casa, com familia ou amigos, trabalhando, ou consumando seus crimes livremente e fazendo mais e mais vitimas de agressões, roubos, estupros e até mortes??????
De quem é a culpa???
Quem deveria ser realmente preso?? Policiais?? Infratores??? Outros???
fica a dúvida..
O Ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que "não se pode ter condescendência com torturador" e classificou torturadores de "monstros".
ResponderExcluir"O torturador é um monstro, é um desnaturado, experimenta o mais intenso dos prazeres diante dos mais intensos sofrimentos. É uma espécie de cascavel que morde o som dos próprios chocalhos", ressaltou o Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Parabéns ao juiz José Romano!