terça-feira, 16 de junho de 2009

Postos do IML de Ubatuba e Caraguá estão sendo desativados

Os prefeitos de Caraguatatuba e Ubatuba, Antonio Carlos da Silva, e Eduardo Cesar, respectivamente, tentam evitar a desativação das salas onde funcionam o Instituto Médico Legal (IML), órgão da Polícia Técnico-Científica, ligada à Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP).

Na última semana, o diretor do IML, Hideaki Kawata, e sua equipe estiveram nas cidades para verificar a situação dos postos. Ele informou que os dois postos avançados serão fechados.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da SSP, o IML está trabalhando para fazer parcerias com as prefeituras para a construção de novas sedes na região.

Nesta quinta-feira, Kawata deve se reunir novamente com o prefeito Antonio Carlos em busca desse apoio.
O fechamento dos dois postos é criticado nos municípios porque as estruturas existem há cerca de 20 anos e moradores que precisam fazer exames como corpo de delito após serem vítimas de acidentes de trânsito, agressões, acidentes de trabalho terão de se locomover mais de 75 quilômetros, só de ida, no caso de Ubatuba, até São Sebastião, onde fica a única estrutura existente no organograma da secretaria.

Em Caraguá, a unidade do IML funcionava em uma sala dentro da delegacia do município, mas foi fechada por determinação judicial em atendimento a uma reclamação do Conselho Municipal da Mulher porque o prédio precisa passar por reestruturação. A ordem foi do superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli. Com isso, a população precisa se dirigir a São Sebastião A assessoria adiantou que essa unidade também deve sair do local onde se encontra, em sala dentro da delegacia.

O prefeito Antonio Carlos disse que deve alugar um imóvel para a instalação provisória de um novo IML. Mas segundo ele, o objetivo é que Caraguá tenha uma sede própria para atendimento. “Não vamos deixar o município perder essa estrutura que já existe há quase 20 anos e atende a população”.

Em Ubatuba o movimento para que o IML permaneça na cidade começou na Câmara dos Vereadores em requerimento do presidente da Casa, Ricardo Côrtes, que também é médico legista. “Oficializei um documento ao governo do Estado e outro ao prefeito e vamos mobilizar deputados e o que for necessário para que essa estrutura permaneça na cidade”, disse Côrtes.

Segundo ele, é inviável uma vítima de estupro, por exemplo, precisar se dirigir até São Sebastião para fazer o exame de corpo de delito. “Cada cidade deve ter o seu posto porque o interesse é da população que precisa do serviço de atendimento”.

Na avaliação do prefeito Eduardo Cesar, “há atitudes do governo do Estado que não dá para entender”, disse se referindo às mudanças anunciadas. Ele acrescentou ainda que Ubatuba soma com os demais municípios nessa luta e está disposto a fazer as adaptações necessárias na estrutura existente.

Além dos postos do IML, onde ocorre a maior parte do atendimento, os municípios possuem ainda as salas para necropsia, mais conhecida por autópsia, que é o exame do indivíduo após a morte, e funcionam em anexo aos cemitérios municipais. Esse tipo de exame constitui 30% do movimento do Instituto. De imediato, essas estruturas não devem ser mexidas, conforme informou a assessoria de imprensa.
FONTE: IMPRENSA LIVRE

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