quarta-feira, 10 de junho de 2009

Preso rapaz que ensinava ao filho como sequestrar

Rafael Borba, de 27 anos, suspeito de participar de uma quadrilha que sequestrou mãe e filho, mantendo-os em cativeiro por 32 horas, foi preso e apresentado pela polícia na tarde de ontem, em Florianópolis. A prisão aconteceu em Itajaí, no litoral norte de Santa Catarina.


Borba ganhou fama depois que a polícia catarinense divulgou um vídeo em que, deitado em uma rede, aparecia dando "aulas" sobre técnicas de assalto e agressão ao filho, de 4 anos, e à sobrinha, de 3. As crianças simulavam um sequestro com armas de brinquedo e eram orientadas a agredir a vítima (uma boneca) com coronhadas na cabeça.

O vídeo foi gravado pela mulher de Rafael, Viviane Stem, de 29 anos, camareira em um hotel da cidade de Penha onde aconteceu o sequestro, em 1.º de junho.

Em depoimento, o suspeito afirmou que foi um "erro ter dado as `aulas' às crianças" e pediu às autoridades para que elas permaneçam com seus familiares.Borba era procurado desde o dia 2, quando as vítimas foram libertadas. Nos últimos sete dias, esteve escondido em um pequeno apartamento no bairro Promorar II, em Itajaí.

A polícia chegou ao suspeito monitorando os passos dos seus familiares. Ele tem condenação por assalto, é foragido da justiça do Paraná e chegou a pular a janela para fugir no momento da invasão policial, mas foi preso. Com ele também foram detidos mais cinco suspeitos de envolvimento com o sequestro.

Segundo o delegado do Departamento Antissequestro de Santa Catarina, Renato Hidges, o sequestro foi planejado a partir de um cartão de visitas achado por Viviane no quarto do hotel onde Benta Pivatto, de 43 anos, e o filho Igor, de 3, estavam hospedados. "Ela viu um cartão de um estaleiro, achou que a família fosse rica e passou as informações para o sequestro", afirmou o delegado.

Realizado o sequestro, os bandidos pediram R$ 200 mil de resgate ao marido de Benta. Ele conseguiu baixar o valor para R$ 57 mil, orientado pela polícia. O valor foi pago em Curitiba e, às 22 horas do dia 3, as vítimas foram libertadas, depois de 32 horas de cativeiro.

No dia seguinte, policiais do Deic prenderam cinco suspeitos de envolvimento com o crime, entre eles, Viviane, sua irmã Cristhiane Stem, de 34 anos, e a mãe delas, Sulimar Evaristo Stem, de 54. Segundo a polícia, a quadrilha é liderada por Adriano Fialho, que está foragido.

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