O atendimento de uma denúncia anônima fez com que homens da Força Tática, grupo de operações especiais da Polícia Militar, apreendessem na madrugada de ontem, por volta das 3h, 20 comprimidos de ecstasy e 850 gramas de maconha que tinham como destino a comercialização em casas noturnas do município.
Os entorpecentes estavam em poder do pescador Herbert Alcântara da Mota, 22 anos, e da estudante M.D.S., 17, encontrados em frente a uma residência, situada na Rua Maria José da Cruz, no bairro Sertão da Quina, Região Sul, próximo à divisa com Caraguatatuba.
De acordo com o capitão César Eduardo Ferreira, comandante da 3ª Companhia da PM, os dois infratores entraram na casa ao perceberem a aproximação da viatura. Por conta da surpresa, os próprios policiais militares relataram que tiveram resistência por parte do pescador que teria disparado alguns tiros. “Estávamos com três homens do Tático envolvidos na ocorrência, mas graças a Deus, ninguém se feriu”, disse o capitão.
No interior da casa foram encontrados os comprimidos de ecstasy e maconha, além de uma balança de precisão, de quatro aparelhos de celulares e mais R$ 70 em dinheiro, todos escondidos dentro de uma mochila, não havia armas no local. “Tudo isso comprova que tudo estava pronto para ser comercializado. Aliás, não é a primeira vez em que fazemos trabalhos voltados ao combate ao tráfico de drogas no Sertão da Quina. É uma área crítica”, acrescentou o comandante da PM.
Ainda segundo Ferreira, da residência onde tentarem se esconder, os infratores foram levados para a delegacia, onde prestaram depoimentos para os investigadores que estavam de plantão e foram enquadrados por tráfico de entorpecentes, crime que está previsto no Artigo 33 da Lei 11.343, sancionada em 2006 pela presidência da República. Porém, a adolescente, por ser menor de idade, foi enquadrada apenas por ato infracional e ficou a disposição da Justiça. O pescador, por sua vez, com o flagrante, foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP), em Caraguatatuba.
Jovens na mira do tráfico
Para o comandante da PM ubatubense, apesar do pescador e da adolescente terem evitado fornecer detalhes, ambos confirmaram que a ideia era a comercialização dos entorpecentes. Para Ferreira, a parada das drogas seriam as casas noturnas e os bairros mais nobres da cidade. “São nesses locais onde jovens com médio e alto poder aquisitivo se concentram.
A oportunidade de lucro seria muito grande”, destaca. Segundo ele, todas as drogas apreendidas poderiam render mais de R$ 8 mil para os infratores. Apenas o ecstasy resultaria em R$ 1 mil. “Cada comprimido vale cerca de R$ 50”, detalha o capitão.
Ecstasy
Chamada de “droga do amor”, o ecstasy é uma substância psicoativa que possui ação estimulante e alucinógena. Apresentando-se em formas de pastilhas, comprimidos, barras, cápsulas ou até pó, ela é consumida através de injeções, inalações e por via oral.
Apesar da adrenalina e da sensação de proximidade com outras pessoas que possa resultar inicialmente, o entorpecente pode resultar em efeitos físicos graves, como taquicardia, aumento da pressão sanguínea, secura da boca, dilatação das pupilas, dificuldade em caminhar, tremores, câimbras ou dores musculares. Em longo prazo podem ocorrer lesões celulares irreversíveis, depressão, paranóia, alucinação, entre outros.
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