sábado, 7 de novembro de 2009

Polícia investiga participação de funcionários da empresa no roubo a carro forte da Prosegur, em SP

A polícia de São Paulo investiga a participação de funcionários da empresa Prosegur no roubo a um carro forte da empresa na noite de quinta-feira na Rodovia Anhanguera, na altura da cidade de Araras, a 166 km da capital paulista. Os bandidos levaram R$ 6,9 milhões, segundo a polícia. A polícia acredita no envolvimento de empregados porque os criminosos sabiam o nome dos vigias que estavam no carro-forte, informou o delegado Sydney Urbach.

- Os vigias informaram que foram identificados pelo nome e os assaltantes sabiam quem era, vamos dizer assim, o mais nervoso dos vigilantes, aquele que poderia ter alguma reação. E esses foram dominados em primeiro lugar - disse o delegado.

Há quase um mês, outro carro forte da mesma empresa foi assaltado na cidade de amparo, também no interior paulista. Ladrões atiraram em quatro vigilantes. Depois explodiram o cofre e levaram R$ 1 milhão.

As primeiras investigações da policia mostram que os assaltos podem ter sido feitos pela mesma quadrilha. As ações ocorreram em rodovias e sempre no começo da noite. Os ladrões atiraram com o mesmo tipo de arma, que fura a blindagem dos caminhões. O explosivo usado pode ter sido o mesmo roubado em agosto de uma pedreira da região. Segundo o delegado, os bandidos deram mais de cem tiros contra o carro com fuzis e metralahadora.50, que tem potencial para derrubar aeronaves.

Nos dois assaltos, as chapas de aço dos cofres tinham sido cortadas e soldadas. Por isso ficaram vulneráveis. O conhecimento desses detalhes também levantam a suspeita de participação de empregados da Prosegur.

Durante o roubo, o corretor Ivo Zanatto Miranda, de 59 anos, morreu atingido por uma bala perdida. A vítima passava pelo local num Toyota Corolla quando foi baleada.

O corretor levou um tiro no queixo. Ele morreu na hora. O carro só parou numa ribanceira. Motoristas que passavam pelo local entraram em pânico e tentaram voltar na contramão. Pelo menos seis automóveis que seguiam pela pista em direção ao interior foram atingidos por balas. O motorista de um ônibus que vinha logo atrás do local do assalto freou o veículo para evitar um acidente. O ônibus ficou atravessado na pista e um dos assaltantes retirou a chave do coletivo para manter a rodovia interditada.

Os carros-fortes da empresa de transporte de valores Prosegur tinham recolhido o dinheiro numa agência bancária de Araras e seguiam para Campinas. Na estrada, foram parados por dois carros, uma Toyota Hilux prata e uma caminhonete Hyundai Tucson, que bloquearam a passagem. Ali, os bandidos dispararam fuzis dos veículos perfurando a blindagem.

Segundo testemunhas, os bandidos renderam os seguranças da Prosegur, obrigando-os a deitar no chão, e arrombaram a porta do cofre do primeiro carro-forte com dinamite, colocando o dinheiro nos carros usados pela quadrilha, que fugiu em seguida. A ação durou cerca de dez minutos. Os ladrões estão foragidos. Dos seis seguranças que estavam nos dois blindados que seguian juntos, três tiveram ferimentos leves. Policiais de Araras e do DEIC (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) requisitaram imagens da concessionária Intervias, que monitora a Rodovia Anhanguera.

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