Vestígios de sangue foram encontrados em uma caminhonete que pertence ao goleiro Bruno, do Flamengo, segundo fontes ligadas à investigação do desaparecimento de Eliza Samúdio. A jovem sumiu há cerca de três semanas. Ela teve um relacionamento com o atleta no ano passado e alegava que ele era o pai de seu filho, de quatro meses.
O veículo foi apreendido no começo do mês, em uma blitz, porque estava com a documentação irregular. O resultado do exame para saber de quem é o sangue ainda não foi divulgado. As investigações sobre o desaparecimento de Eliza começaram na semana passada. Segundo a polícia, a apreensão do carro ocorreu antes disso.
Fontes ligadas à investigação disseram que Eliza esteve em Minas Gerais desde que desapareceu. Elas acompanham o caso e afirmaram também que foram feitas buscas, nesta terça-feira, em trilhas próximas ao sítio do jogador.
Na segunda-feira, bombeiros, policiais e peritos fizeram escavações nessa propriedade e uma busca detalhada em um poço e na casa. Foram apreendidas passagens aéreas, fraldas e roupas femininas. As peças de vestuário devem ser mostradas a testemunhas, para comprovar se são de Eliza.
Durante o trabalho de perícia, os profissionais usaram um reagente chamado luminol, que indica a presença de sangue. “O luminol, quando é jogado, se tiver sangue, ele faz uma reação, ilumina aquela parte onde está o sangue e fica meio azulado”, explica o delegado Edson Moreira.
O motorista do goleiro prestou depoimento nesta terça, em Contagem (MG), acompanhado da mulher e do advogado Lorivaldo Carneiro. Na saída, o motorista não deu entrevistas. “Meu cliente é inocente, não deve nada. Prestou declaração apenas e foi liberado", disse o advogado.
De acordo com a polícia, o sumiço de Eliza Samúdio começou a ser investigado depois de denúncias de que ela havia sido agredida no sítio que pertence ao jogador. Ela teria feito o último contato com amigos e parentes há cerca de três semanas. Segundo a delegada Alessandra Wilke, Bruno é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza.
Dayane Fernandes, mulher do goleiro Bruno, teria dito, em depoimento à polícia, que Eliza teria abandonado o bebê. A criança foi encontrada pela polícia na madrugada de sábado, com uma senhora desconhecida. No domingo, foi entregue a Luis Carlos Samúdio, pai de Eliza.
Dayane chegou a ser levada à delegacia na sexta-feira. Ela foi detida e liberada em seguida. Segundo a delegada, a mulher do atleta foi autuada por subtração de incapaz.
A polícia já ouviu funcionários do sítio de Bruno e amigas de Eliza. O Flamengo anunciou, na segunda, o afastamento do goleiro durante as investigações. Desde então, o goleiro não é visto no condomínio onde mora, no Rio de Janeiro.
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