A Justiça Federal abriu oito processos contra 64 pessoas acusadas de participar de um esquema de fraude ao concurso de agente da Polícia Federal (PF), realizado em 13 de setembro de 2009. A denúncia faz parte das investigações da Operação Tormenta, que investiga uma quadrilha que há anos fraudava diferentes concursos públicos.
Segundo a Procuradoria da República de São Paulo, o grupo é o mesmo que fraudou o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do ano passado. Além das 11 pessoas que lideravam o esquema, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou ainda 53 pessoas, todos candidatos que se beneficiaram dos gabaritos vendidos pela quadrilha por valores que oscilam de R$ 10 mil a R$ 100 mil.
Desse total, 23 são "homens da lei". Entre os beneficiados, há 12 servidores da Polícia Civil de São Paulo, nove advogados, um policial militar e um oficial de promotoria.
A maioria dos beneficiários é da Baixada Santista e da capital paulista, mas há candidatos do interior do Estado e do Rio de Janeiro. Todos os réus responderão também pelo crime de estelionato contra a União, pela prática de fraude para aprovação no concurso. Os 53 candidatos beneficiados pelo esquema responderão também pelo crime de receptação.
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