Patrícia Gomes de Oliveira, de 26 anos, passou de mocinha a vilã. Esfaqueada no pescoço, a jovem é acusada de ser a mandante da recente execução de um taxista na Vila Mathias. Três comparsas da acusada, que passaram a ser os seus algozes, estão identificados.
O envolvimento de Patrícia no assassinato foi descoberto por policiais do 4º Distrito Policial de Santos que investigavam o atentado do qual foi ela vítima. Com a detenção de um dos autores da tentativa de homicídio, veio à tona uma trama digna de enredo de filme policial.
Segundo o investigador Anselmo Muniz Ferreira, o assassinato foi motivado por causa de desentendimento entre Patrícia e o taxista Luciano Francioly dos Santos Leonez, de 38 anos, referente à suposta captação de marítimos para a realização de programas amorosos.
As suspeitas têm por base as declarações que foram prestadas por Maurício de Morais, de 20 anos, comparsa da jovem.
Detido, o rapaz admitiu que esfaqueou Patrícia, no interior do Ford EcoSport da jovem, ao cobrá-la do valor restante que ela lhe prometera pagar pela morte de Luciano.
"Maurício nos relatou que Patrícia encomendou o assassinato do taxista por R$ 2 mil, mas pagou apenas a metade.
Ao cobrar o restante, o jovem se desentendeu com ela, esfaqueando-a no pescoço", declarou Ferreira.
A tentativa de homicídio aconteceu na madrugada do último dia 2, na esquina das ruas Xavier Pinheiro e Pérsio de Queiroz Filho, no bairro Encruzilhada.
Maurício estava acompanhado de Rafael Pedroso Souto, o Japonês, de 20 anos, e Armando de Campos Moura, de 24.
Apesar de gravemente ferida, Patrícia conseguiu dirigir o carro à Beneficência Portuguesa. Para estancar a intensa hemorragia, ela comprimiu o queixo contra o peito. Antes de ser internada, escreveu os prenomes dos acusados em um pedaço de papel.
Devido ao estado clínico, Patrícia não ainda não teve condições de ser ouvida. Ela está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Beneficência, mas os prenomes por ela escritos foram checados e os investigadores identificaram os jovens aos quais se referiu.
Além de confessar a facada em Patrícia, apontando os seus acompanhantes nesse crime, Maurício revelou o motivo do atentado. Com isso, também admitiu o seu envolvimento no assassinato do motorista de táxi, ocorrido no último dia 21 de janeiro.
Luciano foi executado com um tiro na nuca disparado por Japonês, segundo afirmou Maurício. Este acusado disse que estava com o autor do tiro, acrescentando que Armando apenas os acompanhou na tentativa de homicídio contra Patrícia.
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