quarta-feira, 13 de julho de 2011

Bola se diz inocente e nega plano para matar juíza

O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, prestou depoimento à Justiça e negou que tivesse plano para matar a juíza Marixa Fabiane Lopes, de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Bola é acusado de executar Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Marixa deve presidir o júri popular a que Bola e Bruno serão submetidos pela morte da jovem.

Nesta quarta-feira, o ex-policial foi ao fórum de Contagem para participar de audiência do processo a que responde pelo assassinato do carcereiro Rogério Martins Novelo, em maio de 2010, pouco mais de um mês antes do desaparecimento de Eliza, cujo corpo nunca foi encontrado. Durante seu depoimento, Bola, que é suspeito de pelo menos mais um assassinato, chorou e alegou inocência.

A informação de que o ex-policial estaria planejando a morte de Marixa, além do delegado Edson Moreira, que coordenou as investigações em torno do desaparecimento de Eliza, foi dada por um outro detento da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde Bola, Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e Sérgio Rosa Sales aguardam julgamento.

Na audiência, a magistrada impediu informações sobre o caso de Eliza no plenário, já que se trata de um processo sem relação com o caso. Marixa atualmente anda com escolta.

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um dos réus no processo sobre o suposto sequestro e assassinato da modelo Eliza Samudio, foi reconhecido por uma testemunha, nesta quarta-feira, como sendo autor dos disparos que mataram um carcereiro em 2000. A irmã da vítima foi ouvida pela Justiça em audiência de instrução e julgamento no Tribunal do Júri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A mulher foi colocada em uma sala reservada na presença dos advogados para fazer o reconhecimento.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a audiência foi comandada pela juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, a mesma que atua no caso Eliza Samudio. A sessão foi encerrada por volta das 14h.

Segundo o advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior, que representa o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, seu cliente é inocente e existe uma “grande incongruência” no caso. O acusado chorou durante a audiência desta quarta-feira.

O ex-policial não foi ouvido durante a audiência porque uma testemunha de acusação não compareceu. O TJMG informou que, após os depoimentos, o réu conversou informalmente com a juíza e negou envolvimento no assassinato de Eliza Samudio.

O assassinato teria acontecido há mais de dez anos em frente a uma fábrica de gelo que pertence à família da vítima, em Contagem. Segundo o TJMG, no dia do crime, uma pessoa teria ligado para o carcereiro na empresa e a irmã atendeu ao telefonema. Quando ela foi chamar o irmão, ela presenciou o assassinato. A mulher disse ter reconhecido Bola quando ele foi preso pelo sequestro e o assassinato de Eliza Samudio. Marcos Aparecido dos Santos está preso há um ano.

Caso Eliza Samudio

Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.

Em dezembro de 2010, a mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade. O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio estão presos e vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

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