A proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe a mudança da denominação Polícia Militar para Força Pública divide opiniões. A PEC, de autoria do governador José Serra (PSDB), foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira. Ela não altera a organização, o funcionamento, os direitos, as vantagens e o regime de trabalho dos PMs.
O presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM do Estado, Wilson Morais, entende que a medida não mudará nada. “Ainda há pessoas que trabalham com revólver calibre 38 ao invés de terem uma arma automática. Imagine quanto o governo terá de gastar para mudar o fardamento e pintar as viaturas. Será um custo muito alto que não trará melhores condições de trabalho”.
Também chamado de Cabo Wilson, o responsável pela entidade – que representa cerca de 80% dos cerca de 95 mil PMs do Estado – diz que essa proposta não foi discutida com a organização. No entanto, conta com anuência da Secretaria de Estado de Segurança Pública e do comando geral da PM.
A deputada estadual Maria Lúcia Prandi (PT) acredita que a PEC demonstra uma ausência de projeto mais adequada à corporação. O partido votará contra a proposição. “Essa é uma forma de tapar o sol com a peneira, uma questão de marketing para amenizar o pequeno aumento da violência registrado no ano passado. Isso trará gastos desnecessários”.
Já para o comandante da PM em Santos, Armando Bezerra Leite, esse resgate histórico da corporação é importante.
Adotado em 1891, sob a influência da Revolução Francesa, o nome Força Pública foi usado por cerca de 80 anos, em períodos intercalados. O último ocorreu de 1947 a 1970.
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