sexta-feira, 23 de julho de 2010

Banco desconfia de movimentação financeira e polícia prende acusadas de estelionato

Após o serviço de segurança de uma rede de bancos desconfiar da movimentação financeira de uma cliente, os policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos conseguiram prender duas estelionatárias que tentavam desviar cerca de R$ 100 mil da conta de uma senhora de 77 anos morta. As acusadas foram presas em flagrante no final da tarde desta quinta-feira, em Guarujá, quando sacavam cerca de R$ 5 mil.

Antes de começarem as investigações, no início da semana passada, as indiciadas, uma auxiliar de enfermagem, de 40 anos, e uma dona de casa, de 33, foram até o Cartório de Registro Civil de Bertioga solicitar uma procuração que permitia e dava autonomia para realizar saques e pagamentos por meio da conta da vítima. A primeira passou por afilhada e a segunda se apresentou como a própria senhora morta.

Na segunda-feira, o documento foi apresentado aos gerentes do Banco Itaú, localizado na Avenida Dom Pedro I, na Enseada, Guarujá. Já aceito, a suposta afilhada sacou cheques de R$ 23 mil e de R$ 25 mil no dia seguinte e imediatamente os depositou na conta pessoal do Bradesco. No entanto, quando a atendente do banco verificava o cadastro da vítima, constatou diversas desconformidades de dados.

A central da rede bancária em São Paulo foi contatada e orientou a não liberar mais dinheiro para a afilhada, que justificou ir ao banco no lugar da madrinha por ela estar muito doente. Um supervisor de segurança do Itaú foi então até a casa da cliente, a vítima de 77 anos, e constatou com vizinhos que ela havia morrido há algum tempo. Os cheques foram todos sustados.

Na tarde de quinta-feira, as estelionatárias foram até a agência, mais uma vez, tentar sacar cerca de R$ 5 mil. Enquanto era atendida por um funcionário, o gerente acionou os investigadores da DIG, que após breve verificação constataram a fraude e prenderam-nas em flagrante.

Encaminhada à Delegacia, prestaram depoimento, foram atuadas e já estão na Cadeia Feminina de Santos aguardando parecer do juiz. O Cartório de Bertioga passa a ser investigado, já que há indícios de que existe participação de funcionários no crime. O caso segue em investigação.

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