quinta-feira, 15 de julho de 2010

Corretor morto em Praia Grande poderia ser alvo de sequestro

Um corretor e investidor do ramo imobiliário, de 52 anos, foi morto a tiros e o filho dele, de 22, ficou ferido depois que cinco homens, dois deles armados, invadiram a residência das vítimas localizada no bairro da Aviação, em Praia Grande. A suspeita, de acordo com a Polícia Civil, é de que os marginais sequestrariam um dos membros da família. Uma granada, sem carga explosiva, foi deixada no local do crime.

De acordo com as informações da delegada Claudia de Santana Barazal, da Delegacia Sede da Cidade, a execução ocorreu depois que um vizinho, assustado com a movimentação estranha, alertou o corretor de que a casa dele estaria sendo invadida. Ele, que estava na rua, voltou para o local com o filho segurando um facão. No momento em que eles entravam pela parte de trás do imóvel, com a intenção de surpreender os bandidos, a vítima fatal foi atingida por dois tiros, um na barriga e outro na região lateral do abdômen. O rapaz uma levou bala de raspão no braço.

Simultaneamente, a mesma testemunha que alertou os vizinhos chamava a polícia. No momento em que ela falava ao telefone com um oficial do Centro de Operações da PM foram ouvidos os disparos e a gritaria. Viaturas foram deslocadas até o local, mas os cinco suspeitos conseguiram fugir em um carro escuro, de marca e modelo não identificados.

A delegada acredita que são poucas as chances de que o crime se enquadre em um latrocínio, quando existe roubo seguido de morte. A polícia encara o caso como uma tentativa de sequestro. "Os autores do fato conheciam a rotina da família e o local do crime, já que eles invadiram a residência por um acesso pouco utilizado", explicou ela.

Além disso, os marginais deixaram diversos indícios de que teriam ido ao local sequestrar alguém. Toucas pretas e uma granada dentro de uma mochila foram encontradas pelos investigadores e peritos da Polícia Civil. "A ideia seria intimidar as vítimas", disse a delegada.

Ainda não há informações dos suspeitos, mas sabe-se que eram cinco homens, pelo menos dois deles estariam armados com revólveres. O caso segue em investigação pelo DP Sede de Praia Grande a partir das pistas deixadas e pelo veículo utilizado para fuga.

O Esquadrão Anti-Bombas do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar da capital paulista foi acionado devido a granada deixada pelos bandidos. Uma equipe veio imediatamente até a região para atender a ocorrência.

A operação que começou no final da noite de quarta-feira e terminou nesta madrugada não deixou nenhum ferido. Após análise, descobriu-se que o artefato não possuía carga explosiva, o que aumenta a tese da polícia de que ele seria utilizado apenas para intimidar as vítimas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário