O promotor Rodrigo Merli Antunes, responsável por acompanhar as investigações sobre o assassinato da advogada Mércia Nakashima, afirmou nesta terça-feira (20) que deverá pedir novamente a prisão preventiva do ex-namorado da vítima e principal suspeito pelo crime, Mizael Bispo de Souza. O advogado e policial militar aposentado chegou por volta das 10h55 ao prédio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro de São Paulo, sob gritos de assassino. Ao ouvir a provocação, ele sorriu.
Ele que já foi indiciado pelo crime será formalmente comunicado que irá responder pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver da vítima. Mizael que deverá responder às perguntas da investigação sempre alegou inocência.
Além do ex-namorado de Mércia, o vigia Evandro Bezerra Silva também já foi acusado por envolvimento na morte da advogada. Assim como o ex, ele nega o crime. Após o segurança ter dito na terça-feira (19) que foi torturado para acusar injustamente Mizael pelo assassinato da vítima e que o ajudou na fuga, a Polícia Civil descartou a possibilidade de fazer uma acareação nesta terça entre os dois.
Antes, Evandro havia dito que o ex matou Mércia por ciúmes. Agora, nega que isso realmente ocorreu. Mesmo assim, a polícia afirma ter provas de que o vigilante estava na cena do crime porque uma viatura da Polícia Militar o viu no local. O segurança está preso temporariamente na carceragem do 1º Distrito Policial, em Guarulhos, na Grande SP.
Após o depoimento de Mizael, que segundo o seu advogado, Samir Haddad Júnior, será o quinto desde que o policial militar aposentado passou a ser considerado suspeito pelo crime, o ex-namorado de Mércia deverá colocar as digitais e assinar um documento do indiciamento que será encaminhado ao Ministério Público e a Justiça. O promotor Rodrigo Merli Antunes já se manifestou favorável a oferecer ao juiz do caso a denúncia contra Mizael e Evandro pelo assassinato da advogada.
Não há previsão se a polícia pretende pedir novamente a prisão de Mizael. Antes a Justiça havia decretado a temporária do suspeito, mas ela foi revogada. A preventiva, solicitada pela Promotoria, também foi negada.
Além do vigia e do ex-namorado, o irmão de Mizael também é investigado como suspeito de participação no crime. Ele ligou 27 vezes para o celular de Evandro antes, durante e depois do crime.
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