Novo depoimento do jovem de 17 anos, primo do goleiro suspenso Bruno Fernandes, 25 anos, prestado à Promotoria do Rio de Janeiro na última quinta-feira, complica a situação do atleta.
Na semana passada, a polícia indiciou o atleta como mandante da morte de sua ex-amante, Eliza Samudio, 25 anos. A estudante está desaparecida desde o início de junho. O goleiro nega o crime.
No novo depoimento, o menor afirma que a ex-amante do atleta e o filho dela foram sequestrados por ele e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, porque a estudante estava "dando muita aporrinhação" ao goleiro.
A "aporrinhação" se devia "ao filho que Eliza dizia ter com Bruno". Techos do depoimento foram apresentados ontem pelo "Jornal Nacional".
De acordo com o menor, após sequestrada, Eliza passou dois dias na casa do atleta, no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste), antes de ter sido levada para o sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG).
Segundo o rapaz, Bruno não estava em casa, mas com o time em que atuava.
Em seu primeiro depoimento, prestado na terça-feira à polícia fluminense, o menor não mencionou os dias no Recreio.
Na nova versão, o menor afirma que Bruno chegou ao sítio de Esmeraldas, onde segundo a polícia a jovem foi mantida em cárcere privado, numa segunda-feira, poucas horas depois de Eliza, e permaneceu até quarta-feira.
Na primeira versão do menor, Bruno teria chegado um dia depois de Eliza e ficado só duas horas no local.
A polícia acredita que, na quarta-feira, Eliza foi levada à casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a teria marido.
A participação de Dayanne de Souza, mulher do goleiro, também é diferente na nova versão. Segundo o menor, ela já estava no sítio quando Eliza chegou.
O adolescente narrou no segundo depoimento que, quando chegaram com Eliza na casa de Bola, ele se apresentou como policial civil e começou a interrogar a estudante sobre uso de drogas.
Algum tempo depois do crime, já longe do local da morte, ele soube que os cães de Bola não haviam comido toda a carne de Eliza, Por isso, parte havia sido depositada em um alicerce em construção, sobre a qual foi lançado concreto. O menor não disse se Bruno e Dayanne acompanharam a morte de Eliza.
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