Praia Martim de Sá cheia, em Caraguatatuba. Banhistas curtindo um show de pagode no Quiosque 13, quando de repente começou uma confusão. Briga na praia. Tiros na praia. “Uma vítima (um homem) se engraçou com uma moça, que estava acompanhada. Aí houve um tumulto no qual ele teria sido agredido”, explica o delegado Maurício Ahvener.
Segundo a polícia, no fim da tarde desta segunda-feira (15), Sandro Queiróz, de 38 anos, voltou para o quiosque com uma bicicleta, mas dessa vez apareceu armado com uma espingarda. Ele estava alcoolizado e queria vingança.
Um funcionário do quiosque, que não quis se identificar, ouviu um disparo. “Muita correria, mulher chorando. Foi meio apavorante”, afirma o funcionário.
Uma bala da espingarda calibre 12 produz estilhaços. Por isso, com apenas um tiro, Sandro atingiu seis pessoas, que estavam no quiosque e não tinham relação com a briga. Na fuga, ele correu para uma rua, em direção à casa em que morava, mas foi perseguido por um grupo e executado com vários tiros.
De agressor à vítima, Sandro morreu na hora. Ele já tinha sido condenado por tentativa de homicídio, roubo e estupro. Num laudo feito a pedido do Tribunal de Justiça de São Paulo, os peritos afirmaram que Sandro era "criminoso habitual" e perigoso. E apesar do documento apontar que ele poderia voltar a cometer crimes, foi autorizado a cumprir pena em regime aberto desde fevereiro.
Para a polícia, os assassinos de Sandro não podem alegar legítima defesa. Agora eles são procurados por homicídio. “Mais grave do que o que ele fez, foi a execução que o vitimou. Não se pode falar em legítima defesa. Ele foi perseguido e morto com requintes de crueldade, com oito ou nove disparos, executado à queima roupa”, detalha o delegado.
Dos seis feridos, cinco já tiveram alta do hospital. Uma pessoa continua internada, mas não corre risco de morte.
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