Após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o governo do estado de São Paulo anunciarem que o Corinthians pretende construir um estádio de futebol com mais de 65 mil lugares para abrigar o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o promotor José Carlos de Freitas, em entrevista ao G1, diz que a realização da obra é ilegal e que fará o que estiver dentro da lei para impedi-la.
Procurado pela reportagem, o Corinthians contesta os argumentos do promotor, mas diz que está à disposição para solucionar o impasse (veja abaixo). A Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo informa ser "prematuro" se manifestar, já que a ação ainda não foi julgada.
Segundo a Promotoria de Habitação e Urbanismo na capital paulista, a decisão sobre o destino da área na Zona Leste, onde o clube pretende erguer o “Fielzão”, ainda está sob análise da Justiça e qualquer “promessa" pode ser encarada como desrespeito ao Poder Judiciário.
“A construção do estádio do Corinthians é ilegal”, afirma o promotor José Carlos de Freitas, responsável por uma ação civil pública que pede à Justiça que o Corinthians devolva à Prefeitura de São Paulo o terreno onde quer construir o seu estádio, atualmente ocupado pelo centro de treinamento do time alvinegro.
A área, com mais de 200 mil metros quadrados e que fica próxima à Avenida Jacu Pêssego e estação de Metrô Corinthians-Itaquera, foi concedida ao clube paulistano em 1988 para ser usufruída por 90 anos. Segundo o promotor Freitas, em contrapartida, o Corinthians se comprometeu a construir um estádio em cinco anos, mas isso não foi cumprido dentro do prazo estabelecido. “Por isso peço a anulação da concessão”, diz Freitas.
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