O SUS (Sistema Único de Saúde) pagou cerca de R$ 14 milhões em cirurgias e internações para pessoas que já estavam mortas na data dos atendimentos.
As irregularidades foram detectadas por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União), que também identificou outros 890 casos de supostas internações que continuaram mesmo após a morte do paciente.
Para chegar a essas constatações, o tribunal comparou cadastros de óbitos com cadastros de internações e cirurgias do SUS.
De acordo com o relator do processo, ministro José Jorge, boa parte das internações realmente ocorreu, mas em períodos diferentes dos que foram informados. "Em outros casos, pode ter ocorrido burla mesmo", disse o ministro.
Em quatro cidades a auditoria checou caso e caso: Fortaleza (CE), Aparecida de Goiânia (GO), Belém (PA), Recife (PE) e Campina Grande (PB).
O TCU determinou ao Ministério da Saúde mais mecanismos de segurança para seu sistema. Os municípios terão 120 dias para investigar os casos e apresentar medidas para corrigir as irregularidades.
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