A Polícia Civil de São Paulo conseguiu identificar sete empresas suspeitas de aplicar golpes em pequenos comerciantes. As vítimas eram obrigadas a pagar taxas que variavam de R$ 100 a R$ 500. As investigações duraram um mês.
Entre terça-feira e quarta-feira, os policiais apreenderam comprovantes fiscais, boletos bancários e computadores. Para a polícia, tudo era usado pelos golpistas. O material foi apreendido em sete empresas suspeitas, que funcionavam em salas comerciais no Centro e na Zona Leste de São Paulo.
Segundo a investigação, eram dois golpes. Em um deles, a quadrilha convencia a vítima a enviar um fax preenchido e assinado para os golpistas autorizando a divulgação gratuita da empresa em uma suposta lista telefônica. Mas, na verdade, a vítima autorizava a cobrança de várias taxas.
No outro golpe, a quadrilha enviava boletos de cobrança aos pequenos empresários. “Eles enviavam o boleto à empresa, como se fossem uma associação comercial, e muitas das empresas pagavam pensando que se tratassem de associações oficiais”, explicou o delegado Paulo Roberto Robles.
As empresas que aplicavam golpes distribuíam manuais para os funcionários. Neles, estavam as perguntas mais comuns feitas pelas vítimas e também as respostas para enganá-las. São 18 questões que ensinam os funcionários a aplicar o golpe. Em um trecho, eles são orientados a dizer para as vítimas que a contribuição empresarial pedida seria voluntária.
“Pedimos que as firmas confirmem se trata-se de uma associação oficial, registrada no Ministério do Trabalho”, disse o delegado. Vinte pessoas que trabalhavam para as empresas foram ouvidas e liberadas. A polícia investiga agora quem são os responsáveis pelos golpes.
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