A universitária Lauren Mayá Portella, de 19 anos, acusada de tramar um assalto contra a própria mãe com a ajuda do namorado, em Itaguaí (RJ), pode escapar da acusação de roubo e ter uma pena menor na Justiça.
Na última sexta-feira, ela se apresentou ao Ministério Público e alegou que a intenção da dupla era forjar o roubo para receber a apólice de seguro do carro da família.
“Como ela se apresentou espontaneamente, mostrou que está se reconciliando com a mãe e não oferece risco à aplicação da lei, não achei, por ora, necessário fazer o pedido de prisão dela”, afirmou o promotor Fábio Corrêa Mattos, da 11ª Promotoria de Investigação Penal (PIP) da 3ª Central de Inquéritos, sem adiantar, no entanto, se ela será denunciada por estelionato ou roubo.
O promotor recebeu o inquérito da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que indiciou Lauren por roubo duplamente qualificado. “O inquérito ainda está em andamento, com algumas diligências que serão feitas”, afirmou Fábio Corrêa.
Caso o MP considere a versão da universitária, a pena seria de 1 a 5 anos, inferior à prevista para o crime de roubo, que é de 4 a 10 anos de prisão.
No dia 22 de janeiro a universitária se livrou da acusação de sequestro. O pedido de prisão temporária, referente à suspeita de que ela integraria uma quadrilha que sequestrava gerentes de banco para roubar agências, foi revogado pela Vara Criminal de Itaguaí. Segundo o promotor Jorge Luiz Werneck a informação não se confirmou.
Segundo o promotor Fábio Corrêa, Lauren Mayá, que se apresentou ao lado da mãe, do pai, de um procurador federal, e de seu advogado, disse que o plano de forjar o roubo do Palio para receber o valor de seguro teria sido arquitetado pelo namorado, Marcos Vinícius Almeida.
De acordo com o depoimento da estudante, Marcos sabia que a mãe dela, Mauren, queria vender o carro e teria proposto o plano para acionar o seguro.
O promotor disse ainda que a mãe também foi ouvida e confirmou que pretendia vender seu carro, mas desconhecia o plano de Lauren e Marcos.
A polícia descobriu a trama de Lauren e Marcos através de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça.
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